Um vídeo impactante, voltou a circular nas redes sociais nesta semana e reacendeu o debate sobre violência nas escolas brasileiras. Nele, um aluno de apenas 12 anos aparece arremessando uma lixeira na cabeça de um professor de história, durante uma aula em Belo Horizonte. Na época, o educador, com 65 anos, havia repreendido o estudante por estar promovendo desordem em sala. O registro, embora antigo, reacendeu uma discussão urgente sobre o respeito à autoridade docente e os limites da indisciplina escolar.
Inicialmente divulgado em 2019, o vídeo caiu no esquecimento. No entanto, com o aumento de casos de violência escolar nos últimos anos, ele voltou a circular com força. De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, houve um aumento de 28% nas ocorrências envolvendo agressões em ambientes escolares somente em 2023. Por esse motivo, a publicação reacende feridas ainda abertas e coloca em xeque a segurança de quem ensina.
Além disso, o impacto visual das imagens provoca reação imediata nos usuários, que compartilham suas opiniões e experiências. Como consequência, formam-se redes de apoio entre professores e familiares que também enfrentam a mesma realidade.
Silêncio das instituições aumenta sensação de abandono
Apesar da gravidade do episódio, a escola onde tudo aconteceu optou por não se manifestar publicamente, nem quando o caso ocorreu, nem agora. Essa ausência de posicionamento institucional, infelizmente, é mais comum do que parece. Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), 44% dos professores já sofreram algum tipo de agressão e, mesmo assim, não receberam respaldo formal de suas instituições.
Dessa forma, a falta de protocolos de proteção fragiliza ainda mais os profissionais, que acabam trabalhando com medo. E enquanto a internet cobra providências, muitos educadores seguem em silêncio, sentindo-se desamparados.
O que transforma a escola em um campo de batalha?
Ao observar casos como este, fica claro que não se trata de um fato isolado. Pelo contrário, ele integra um cenário mais amplo e preocupante. Pesquisadores da área da educação apontam que a combinação entre ausência da família, falta de políticas públicas e negligência emocional contribui diretamente para esse tipo de comportamento.
Portanto, é preciso ir além da punição imediata e pensar em estratégias de prevenção. Investimentos em apoio psicológico, mediação de conflitos e capacitação docente são urgentes. Caso contrário, episódios de violência seguirão se repetindo, com impactos profundos tanto para professores quanto para estudantes.
Perguntas frequentes
Sim, mas com cautela para evitar riscos.
orque os problemas estruturais permanecem os mesmos.
Ações preventivas envolvendo família, escola e comunidade.