Na última sexta-feira, 30 de agosto, Manoel de Souza Santos, de 65 anos, sofreu um ataque brutal de um pitbull no bairro Paraisópolis, em Cuiabá. O idoso, que interveio para salvar um jovem já sendo atacado pelo animal, teve metade do rosto desfigurado. Atualmente, Manoel está internado no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), aguardando uma cirurgia de reconstrução facial. Embora sua condição seja estável, não há previsão de alta.
Idoso tenta salvar vizinho e acaba atacado
Quando Manoel ouviu os gritos de socorro de um jovem vizinho, ele agiu prontamente para tentar ajudá-lo. O pitbull, no entanto, direcionou sua fúria contra o idoso, que sofreu ferimentos graves no rosto. Testemunhas o socorreram imediatamente, levando-o ao hospital. Essa ação rápida foi crucial para evitar ferimentos ainda mais severos. Mesmo assim, a situação permanece delicada, e Manoel ainda enfrenta uma longa recuperação.
Justiça pela vítima e impunidade dos tutores
A família de Manoel está revoltada com a falta de responsabilidade dos tutores do pitbull. Segundo Luana Souza, filha do idoso, os responsáveis pelo animal prometeram ajudar financeiramente, mas até o momento não cumpriram essa promessa. O irmão de Manoel chegou a confrontar os tutores após o ataque, mas eles rapidamente deixaram o bairro, temendo possíveis represálias. A família, já desesperada, registrou um boletim de ocorrência e busca justiça.
A Delegacia Especializada de Meio Ambiente (DEMA) assumiu a investigação e está apurando se houve negligência no cuidado com o cão. Além disso, um ativista de proteção animal, Marlon Figueiredo, compartilhou nas redes sociais vídeos que mostram o estado crítico de Manoel. Ele também revelou que o mesmo pitbull já havia atacado outra pessoa dias antes, arrancando a orelha de um homem. O segundo pitbull, que vivia na mesma casa, foi levado para um local desconhecido pelos tutores.
Repercussão e discussões sobre responsabilidade animal
Este incidente levanta novamente questões sobre a criação de cães de raças consideradas perigosas, como o pitbull, em áreas urbanas. Especialistas e ativistas alertam que a responsabilidade dos tutores é crucial para evitar tragédias como essa. O descaso em relação às condições de manejo dos animais coloca a segurança de toda a vizinhança em risco.
Além disso, a repercussão nas redes sociais gerou um amplo debate sobre a importância de maior fiscalização e regulamentação sobre a criação de animais potencialmente agressivos. Muitos defendem que casos como o de Manoel servem como um alerta para endurecer as regras sobre a criação desses cães em áreas residenciais. A família espera que a justiça seja feita e que o incidente traga mudanças para evitar que novas vítimas surjam.
Enquanto as investigações prosseguem, a comunidade de Paraisópolis permanece abalada com o ocorrido. O desfecho desse caso poderá estabelecer precedentes importantes em relação à responsabilidade dos tutores de animais perigosos e à proteção dos cidadãos.
