O debate sobre a saúde pública em Cuiabá ganhou um novo capítulo após a emissão de uma portaria que autoriza o atendimento médico sem agendamento prévio nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). A iniciativa, assinada pelo prefeito Abilio Brunini (PL), despertou críticas e resultou em denúncias junto ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Ministério da Saúde. Há quem defenda a facilidade de o, mas também existem preocupações sobre possíveis impactos negativos para pacientes e profissionais.
Atendimento sem agendamento nas UBSs vira caos e paranauê na Justiça: Veja Vídeo pic.twitter.com/1uOp8EbQ0P
— perrenguematogrosso (@perrenguemt) February 4, 2025
Sobre a proposta de atendimento imediato
A principal novidade é a permissão para que qualquer pessoa busque consulta sem marcar horário. Isso pode parecer vantajoso em um primeiro momento, pois evita longas filas de espera antecipadas. Porém, alguns especialistas temem que a ausência de controle sobre a procura sobrecarregue as equipes. O Conselho Regional de Medicina (CRM) e o Sindicato dos Médicos anexaram documentos a essas denúncias para comprovar que o fluxo ininterrupto pode afetar a qualidade do serviço. Médicos receiam não conseguir acompanhar adequadamente os casos, o que traria riscos à saúde dos usuários.
Os detalhes da ação judicial
A representação feita ao MPF e ao Ministério da Saúde alega falta de planejamento na decisão de implantar o atendimento livre. Segundo as queixas, a desorganização atual prejudicaria o acompanhamento contínuo, pois muitos retornos deixariam de ser programados. O objetivo da ação é exigir transparência sobre como o município pretende gerir a demanda. Outra preocupação gira em torno da logística interna das UBSs, que podem ficar lotadas em horários de pico e criar ambientes propícios à transmissão de doenças.
O que pode mudar nos próximos meses
Com a Justiça envolvida, a portaria a por avaliação minuciosa. Caso haja decisão contrária, o modelo de consultas pode sofrer ajustes ou até ser revogado. Enquanto isso, a população aguarda definições mais claras sobre o funcionamento das unidades. A expectativa é que haja debate amplo, incorporando a opinião de profissionais de saúde e gestores, para que a política pública atenda às necessidades sem gerar prejuízos. Embora o assunto gere divergências, existe consenso sobre a importância de uma saúde básica que combine eficiência com segurança.
PERGUNTAS QUE NINGUÉM QUER RESPONDER (MAS QUE PRECISAM SER FEITAS):
- Esse formato de atendimento vai mesmo reduzir filas?
No papel, sim. Na prática, pode trocar filas de agendamento por filas presenciais intermináveis, com pacientes esperando horas para serem atendidos. - O prefeito pode ser punido por essa bagunça?
Se o MPF encontrar irregularidades, medidas podem ser tomadas. Mas, convenhamos, punição para político no Brasil é raridade… - O que a população deve fazer enquanto isso?
Ficar de olho e reclamar muito! Acompanhar a tramitação do processo e reportar qualquer problema às autoridades de saúde é fundamental. Afinal, saúde pública é um direito, não um favor.
E aí, Cuiabá? Vamos deixar essa portaria virar um caos ou vamos cobrar uma solução que funcione de verdade? A bola está com vocês!