Durante uma inspeção de rotina no Aeroporto de Guarulhos, fiscais da Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) interceptaram uma mala vinda da China com conteúdo altamente suspeito. O forte mau cheiro, combinado com ruídos incomuns, levou os agentes a abrirem a bagagem. Para surpresa da equipe, a mala escondia 57 quilos de frutos do mar, entre eles, 21 caranguejos vivos. Além disso, encontraram peixes, mariscos e lulas, todos armazenados de forma precária.
Barulhos e odor levam à descoberta
Inicialmente, os fiscais se aproximaram da mala devido ao cheiro forte que se espalhava pela área de inspeção. No entanto, ao manuseá-la, escutaram estalos vindos de dentro das caixas. A embalagem, feita apenas com isopor, fita adesiva e gelo, apresentava furos. Ao abrirem, confirmaram que os ruídos vinham dos caranguejos ainda vivos. Conforme relataram os próprios fiscais, os ageiros itiram que pretendiam comercializar os produtos no Brasil.
Transporte clandestino oferece sérios riscos à saúde
Por um lado, transportar alimentos de origem animal sem autorização representa uma infração sanitária. Por outro, a prática pode trazer sérias ameaças à saúde pública e ao meio ambiente. De acordo com a Receita Federal, o número de apreensões de alimentos ilegais em aeroportos aumentou 38% em 2023. Ou seja, o problema está longe de ser isolado. A entrada de espécies exóticas ou contaminadas pode afetar a cadeia alimentar local e introduzir doenças ainda desconhecidas no país.
Fiscalização reforça segurança sanitária e ambiental
Diante disso, a atuação rigorosa do Vigiagro cumpre um papel essencial na defesa das fronteiras sanitárias do Brasil. Ao impedir o ingresso de produtos não declarados, os fiscais protegem a saúde do consumidor, o equilíbrio ambiental e a economia. Casos como esse demonstram que, embora o tráfico biológico ainda ocorra, os mecanismos de controle funcionam de forma eficaz.
Perguntas frequentes
Porque o cheiro forte e os barulhos estranhos levantaram suspeitas imediatas.
A entrada de pragas, doenças e espécies invasoras que podem afetar a saúde e o meio ambiente.
Elas apreendem os itens e aplicam penalidades que variam de multas até processo criminal.
