Vereador propõe ‘Intervalo Bíblico’ nas escolas de São Paulo e reacende debate sobre laicidade

O vereador Lucas Pavanato (PL) apresentou um projeto de lei que propõe a criação do “Intervalo Bíblico” nas escolas públicas e privadas de São Paulo. A iniciativa prevê momentos de reflexão, leitura das Escrituras Sagradas, meditação, oração e compartilhamento de experiências pessoais, embasadas em valores bíblicos, conduzidos de forma voluntária pelos próprios estudantes ou por representantes por eles convidados.

Participação voluntária e parcerias institucionais

De acordo com o texto, a participação dos alunos será voluntária e espontânea, ocorrendo em horários previamente agendados. As escolas interessadas poderão firmar parcerias com entidades religiosas e civis para a realização das atividades.

O projeto ainda estabelece que essas ações não poderão interferir no conteúdo pedagógico obrigatório nem constranger estudantes que não desejarem participar. Segundo o vereador Lucas Pavanato, a intenção é oferecer um espaço de acolhimento e reflexão para aqueles que se identificam com os princípios cristãos, respeitando a liberdade de crença e a autonomia dos alunos.

Tramitação e próximos os

Para que o projeto se torne lei, ele precisa ar pelas comissões da Câmara Municipal e ser aprovado em plenário. Caso aprovado, caberá ao prefeito Ricardo Nunes (MDB) sancionar ou vetar a proposta.

A proposta gerou debates sobre a laicidade do ensino público e a necessidade de respeitar a diversidade religiosa nas escolas. Enquanto alguns veem a iniciativa como uma forma de promover valores éticos e morais, outros expressam preocupação com a separação entre Estado e religião.

Perguntas e Respostas

O que é o “Intervalo Bíblico”?

É uma proposta de momento nas escolas para leitura das Escrituras Sagradas, meditação, oração e reflexão sobre valores bíblicos, de forma voluntária.

A participação dos alunos é obrigatória?

Não. A participação é voluntária e ocorre em horários previamente agendados.

O projeto já está em vigor?

Ainda não. Ele precisa ser aprovado pelas comissões da Câmara Municipal e pelo plenário, além de ser sancionado pelo prefeito.

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