Um bolsonarista fervoroso, que organizava acampamentos golpistas em Minas Gerais, agora enfrenta o peso das consequências. Ele chorou quando as autoridades desmontaram seu acampamento e fugiu do Brasil logo após a Justiça decretar sua prisão. Nos Estados Unidos, vive em situação instável, distante do luxo que ostentava nas redes.
Ele fazia parte do grupo que alimentava a crença de que Lula jamais tomaria posse, e mobilizava apoiadores com discursos antidemocráticos. Agora, isolado e desamparado, grava vídeos denunciando abandono e lamentando o “esquecimento” por parte dos políticos que antes exaltava.
Vida difícil na “terra da liberdade”
O discurso de liberdade e oportunidades contrasta com a dura realidade que o militante bolsonarista enfrenta nos EUA. Sem renda estável, sem apoio de antigos aliados e com dificuldades para legalizar sua permanência, ele afirma que não consegue sustentar o padrão de vida que tinha no Brasil.
Enquanto isso, políticos como Eduardo Bolsonaro participam de eventos internacionais e mantêm visibilidade e apoio financeiro — evidenciando o abismo entre base e liderança bolsonarista.
Nos vídeos que publica, o ex-organizador demonstra frustração crescente com o “abandono” por parte do movimento que ajudou a alimentar. Ele relata ter vendido bens, acumulado dívidas e depender de doações para sobreviver, ao mesmo tempo em que assiste a antigos líderes viajando pelo mundo com patrocínio e prestígio. A disparidade, segundo ele, “é a prova de que o patriotismo que pregavam era só para a câmera”.
O abandono da base militante
A história reforça o que analistas já apontavam: parte dos apoiadores mais radicais do bolsonarismo acabaram sozinhos, judicializados ou exilados, enquanto a elite política do movimento continua circulando em palanques e salões diplomáticos. O contraste gera revolta e exposição pública do ressentimento desses ex-aliados.
Perguntas e respostas
Fugiu para os EUA após a Justiça brasileira decretar sua prisão por atos antidemocráticos.
Não abertamente. Hoje, ele critica o abandono e demonstra arrependimento.
Vive com dificuldades financeiras e relata não conseguir se manter fora do Brasil.