Bolsonaro afirma liderança sólida na direita e critica tentativas de divisão

Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro, atual líder do Partido Liberal (PL), afirmou que não há um racha dentro da direita brasileira após as eleições municipais de 2023. Ele enfatizou que, apesar do surgimento de novas lideranças e do apoio de parte de seu eleitorado a outros candidatos, sua posição de líder segue inabalável. Bolsonaro argumentou que muitos políticos se elegeram “sob sua sombra” e agora tentam, sem sucesso, construir suas próprias lideranças.

Bolsonaro critica figuras como Marçal, Caiado e Salles

Ao longo de sua declaração, Bolsonaro mencionou diretamente algumas figuras que, segundo ele, buscam conquistar espaço próprio, como Pablo Marçal (PRTB), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) e o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (Novo-SP). Bolsonaro afirmou que esses políticos, ao se afastarem de sua base, tentam assumir um lugar de destaque dentro da direita, mas não conseguem apoio expressivo do público. Marçal, por exemplo, atraiu parte dos bolsonaristas em São Paulo, apesar de Bolsonaro ter declarado oficialmente seu apoio ao então prefeito Ricardo Nunes (MDB). Além disso, Caiado entrou em uma disputa acirrada com Bolsonaro ao apoiar um candidato contrário em Goiânia, saindo vitorioso no embate e fortalecendo a rivalidade entre eles. Já Salles, que desejava disputar a prefeitura de São Paulo, acabou perdendo força após a aliança de Bolsonaro com Nunes.

Bolsonaro reafirma liderança e se coloca como único nome para 2026

Quando questionado sobre quem poderia representar a direita em 2026 caso sua inelegibilidade se mantivesse, Bolsonaro declarou que ninguém o substituiria enquanto ele estivesse vivo. Ele reafirmou sua importância para o movimento, afirmando: “Antes de eu morto, politicamente não tem nome”. Para Bolsonaro, sua inelegibilidade significaria, em sua visão, o fim da democracia no Brasil.

Em 2023, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou Bolsonaro inelegível até 2030, condenando-o por abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação. No entanto, investigações adicionais ainda em curso podem aumentar o período de inelegibilidade do ex-presidente e até resultar em penas mais severas, caso novas condenações sejam formalizadas.

Veja também
Recentes