O Itamaraty divulgou uma nota nesta segunda-feira (17) acusando Israel de violar os termos do acordo com o Hamas e de tentar colonizar a Palestina. A declaração ocorreu após uma reunião entre a secretária-geral do Itamaraty, Maria Laura da Rocha, e a ministra das Relações Exteriores da Palestina, Varsen Aghabekian Shahin. O governo brasileiro tem sido crítico das ações israelenses desde o início do conflito em outubro de 2023, defendendo um cessar-fogo permanente e a entrada de ajuda humanitária em Gaza.

Crise humanitária e violações do cessar-fogo
A nota do Itamaraty destacou preocupações com a suspensão de ajuda humanitária e energia elétrica em Gaza, além de condenar a expansão de assentamentos israelenses na Cisjordânia e ataques de colonos contra civis palestinos. Mais de 47 mil pessoas já morreram no conflito, incluindo mulheres e crianças. O Brasil também questionou os limites éticos e legais das operações militares israelenses, classificando-as como desproporcionais.
Tensões diplomáticas e propostas de paz
As relações entre Brasil e Israel estão tensas desde que Lula comparou as ações israelenses em Gaza ao Holocausto. Apesar disso, o Brasil defende a retirada das tropas israelenses, a criação de um mecanismo para garantir ajuda humanitária e apoia um plano da Liga Árabe de US$ 53 bilhões para reconstruir Gaza, em oposição à proposta dos EUA de remover os palestinos do território.
Perguntas e respostas rápidas
- Por que o Brasil critica Israel?
O governo brasileiro considera que as ações militares israelenses em Gaza são desproporcionais e violam acordos internacionais. - Qual é a proposta da Liga Árabe para Gaza?
A comunidade internacional criaria um fundo de US$ 53 bilhões para reconstruir Gaza em cinco anos. - Qual foi a reação de Israel às críticas do Brasil?
As relações entre os dois países se deterioraram após o presidente Lula comparar as ações israelenses ao Holocausto, gerando uma crise diplomática.