Câmeras flagram capivarinha pegando carona nas costas da mãe; veja vídeo

Na última segunda-feira (21/04) um momento inusitado chamou a atenção em uma lagoa do bairro Itaim Mirim, no interior de São Paulo. Um filhote de capivara decidiu desafiar os hábitos da espécie e, em vez de nadar, pegou uma carona nas costas da mãe para atravessar a lagoa.

Cena flagrada pelas câmeras de monitoramento do Núcleo da Floresta de São Roque; veja vídeo:

Carona inusitada

O comportamento da capivarinha chamou a atenção dos especialistas. O biólogo Rafael Mana, do Centro de Reabilitação Animal Silvestre (Cras), relatou que esse tipo de atitude é bastante incomum entre capivaras. Já que elas tem patas desenvolvidas para cavar e nadar, e não para agarrar os pelos das mães.

O que tornou esse registro ainda mais curioso, Rafael explicou que, provavelmente, a mãe chamou seus filhotes para atravessar a lagoa, e, enquanto a maioria seguiu nadando, um deles preferiu a rota mais confortável — demonstrando um comportamento, no mínimo, “radical” e divertido.

Capivaras são importantes

O biólogo ainda completou, que apesar da simpatia que costumam gerar, as capivaras vêm enfrentando certa rejeição em áreas urbanizadas, especialmente por associações com a febre maculosa.

Mas ainda assim exercem funções ecológicas importantes, como o controle de vegetação e a manutenção de ecossistemas aquáticos. Rafael Mana ressaltou que a lei protege as capivaras e que elas desempenham um papel fundamental no equilíbrio ambiental, apesar do estigma recente.

Febre maculosa

A capivara não causa diretamente a febre maculosa, mas é um importante hospedeiro do carrapato-estrela (Amblyomma cajennense), que transmite a doença ao ser humano. A doença pode variar de formas leves a graves, com alta letalidade.

  • Principais sintomas: febre alta súbita, dor de cabeça, vermelhidão nos olhos, dores musculares e abdominais, vômito, diarreia e manchas vermelhas na pele.
  • Transmissão: ocorre pela picada do carrapato, que precisa ficar preso à pele por 4 a 6 horas. Não há transmissão direta entre pessoas ou pelo contato com animais infectados.
  • Fatores de risco: frequentar áreas rurais, arborizadas ou com presença de cavalos, capivaras e cães.
  • Prevenção: usar roupas claras e de manga longa, aplicar repelente, evitar áreas infestadas e remover carrapatos rapidamente.
  • Tratamento: feito com antibióticos (doxiciclina ou cloranfenicol) por 10 a 14 dias. Iniciar o tratamento logo nos primeiros sintomas é essencial para evitar complicações.

Perguntas frequentes:

Por que o filhote de capivara preferiu pegar carona em vez de nadar?

Segundo o biólogo Rafael Mana o filhote provávelmente preferiu atravessar o lago da forma mais confortável.

Onde ocorreu esse caso curioso?

O registro acconteceu em uma lagoa do bairro Itaim Mirim, no interior de São Paulo.

Como a febre maculosa é transmitida?

A doença é transmitida pela picada do carrapato-estrela, que utiliza as capivaras como hospedeiras.

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