A deputada federal Célia Xakriabá (Psol-MG) foi eleita, por unanimidade, para presidir a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados. Com 15 votos a favor, ela se torna a primeira mulher indígena a assumir o cargo, marcando um momento histórico na política brasileira.

Feminicídio e violência contra mulheres indígenas
Xakriabá destacou o aumento alarmante de casos de feminicídio e violência sexual contra mulheres indígenas. Segundo ela, os feminicídios cresceram 500% na última década, e uma em cada três indígenas já sofreu violência sexual. A deputada prometeu priorizar políticas para combater esses crimes e proteger as vítimas.
Crise climática e vulnerabilidade social
A pauta ambiental também ganhou destaque em seu discurso. Xakriabá alertou que a crise climática pode levar 158 milhões de mulheres e meninas à fome, agravando a vulnerabilidade de agricultoras e quilombolas. Ela defende que a luta contra as mudanças climáticas é essencial para proteger os direitos das mulheres.
Trajetória de luta e representatividade
Célia Xakriabá, professora e ativista indígena, formou-se pela UFMG e concluiu um mestrado em desenvolvimento sustentável pela UnB. Em 2022, ela se tornou a primeira mulher indígena eleita deputada federal por Minas Gerais. No Congresso, ela defende a demarcação de terras, a educação indígena e os direitos dos povos tradicionais.
A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher tem como atribuições investigar denúncias de violência, fiscalizar programas governamentais e monitorar a saúde materno-infantil. Com Xakriabá à frente, a expectativa é que essas pautas ganhem ainda mais força.
Perguntas e Respostas
- Qual é o principal desafio enfrentado por mulheres indígenas no Brasil?
O aumento do feminicídio e da violência sexual, com casos crescendo 500% em dez anos. - Como a crise climática afeta as mulheres?
A crise pode empurrar 158 milhões de mulheres e meninas para a fome, agravando a vulnerabilidade social. - Qual é o histórico de Célia Xakriabá?
Ela é professora, ativista indígena e a primeira mulher indígena eleita deputada federal por Minas Gerais.