A China anunciou, nesta quinta-feira (15), que isentará cidadãos brasileiros da exigência de visto para viagens de até 30 dias. A medida a a valer em 1º de junho de 2025 e segue até 31 de maio de 2026. A decisão ocorre em meio a um esforço diplomático para intensificar a cooperação entre o país asiático e a América Latina.
Turismo e negócios ganham novo impulso
A isenção de visto se aplica a viagens de turismo, negócios, intercâmbio, visitas a familiares e trânsito. Com isso, os brasileiros se juntam a cidadãos de países como Japão, Coreia do Sul e União Europeia, que já contavam com a mesma facilidade. Especialistas do setor de viagens acreditam que a medida poderá aumentar significativamente o fluxo de brasileiros à China, incentivando acordos bilaterais e parcerias comerciais.
Linha de crédito e promessas de expansão chinesa
O anúncio foi feito após o fórum China-América Latina e Caribe, realizado em Pequim. Durante o encontro, o presidente Xi Jinping prometeu ampliar a presença chinesa na região com uma nova linha de crédito de US$ 9 bilhões. A iniciativa visa estimular projetos de infraestrutura e conectividade, setores estratégicos para o continente sul-americano.
Investimentos bilionários em solo brasileiro
Na mesma semana, o governo brasileiro informou que a China pretende investir cerca de R$ 27 bilhões em novas iniciativas no Brasil. Os aportes envolvem gigantes como a Meituan (delivery), a GAC (mobilidade elétrica), a CGN (energia limpa) e a Baiyin Nonferrous (mineração). Esses investimentos reforçam a crescente dependência brasileira do capital estrangeiro chinês e levantam discussões sobre os rumos da política industrial nacional.
Perguntas e respostas
Sim. Embora a medida seja válida inicialmente por um ano, autoridades chinesas já sinalizaram que podem prorrogá-la conforme os resultados obtidos nas relações bilaterais e no fluxo de visitantes.
Além de abertura de mercado e recursos naturais, o Brasil representa uma ponte estratégica para a China na América Latina, com potencial logístico e diplomático em fóruns internacionais.
Há esse risco. Embora tragam avanços em infraestrutura e tecnologia, analistas alertam que é necessário equilibrar a entrada de capital estrangeiro com fortalecimento da indústria nacional e regulação estratégica.
