A onda de calor que atinge o Rio Grande do Sul tem provocado efeitos inesperados. Em Santa Maria, no centro do estado, o calor extremo foi tão intenso que cones de sinalização derreteram após ficarem expostos ao sol por três dias. A prefeitura confirmou o incidente e recolheu os equipamentos danificados. Esse episódio reforça a preocupação com o aumento das temperaturas e seus impactos na infraestrutura urbana.
Cones de trânsito derretem durante grande onda de calor no Brasil pic.twitter.com/wDAjfirnkA
— perrenguematogrosso (@perrenguemt) February 13, 2025
Exposição prolongada ao sol causa deformação
Os cones, fabricados com material emborrachado, estavam posicionados no estacionamento da Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade, localizada na Avenida Medianeira. Segundo a prefeitura, eles foram colocados na sexta-feira (7) e permaneceram no mesmo local durante todo o fim de semana. Como resultado, a exposição contínua ao asfalto superaquecido e ao sol intenso causou a deformação do material.
Além disso, a prefeitura destacou outro fator que pode ter agravado a situação. Uma corrente de aço próxima aos cones possivelmente refletiu o calor, intensificando o aquecimento do local. Assim que os danos foram identificados na segunda-feira (10), os funcionários removeram os equipamentos comprometidos e os substituíram por novos.
Alerta vermelho indica grande perigo
Enquanto os moradores enfrentam o calor extremo, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mantém o alerta vermelho para a região. Esse nível de alerta indica grande perigo, especialmente para crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. De acordo com as previsões, as temperaturas devem continuar elevadas pelo menos até a noite de quarta-feira (14).
Nos últimos anos, eventos climáticos extremos têm se tornado cada vez mais frequentes no Brasil. Esse cenário preocupa especialistas, pois as altas temperaturas não afetam apenas o bem-estar da população, mas também comprometem a infraestrutura das cidades.
Impactos do calor na infraestrutura e na população
O derretimento dos cones evidencia os desafios que o calor extremo impõe às cidades. Temperaturas elevadas podem comprometer a segurança viária, desgastar materiais urbanos e prejudicar a rotina da população. Além disso, a longo prazo, o aumento da frequência de ondas de calor pode exigir mudanças significativas no planejamento urbano.
Diante desse cenário, especialistas recomendam que a população adote medidas preventivas, como evitar a exposição ao sol nos horários mais quentes, manter a hidratação constante e seguir as orientações das autoridades meteorológicas. Além disso, gestores públicos precisam avaliar a durabilidade dos materiais utilizados na infraestrutura urbana e buscar alternativas mais resistentes ao calor.
O episódio em Santa Maria serve como um alerta para o impacto das mudanças climáticas no dia a dia das cidades. Por isso, torna-se essencial adotar estratégias que minimizem os danos causados por temperaturas extremas e garantam a adaptação dos espaços urbanos a essa nova realidade.
Perguntas frequentes
Os cones de sinalização, feitos de material emborrachado, derreteram após ficarem expostos ao calor extremo no asfalto quente por três dias.
O asfalto absorve e retém calor, podendo alcançar temperaturas muito superiores à do ar ambiente.
Para minimizar os impactos do calor extremo na infraestrutura urbana, as cidades podem adotar materiais mais resistentes ao calor para sinalizações e pavimentação.