Câmeras de segurança flagraram um episódio que chocou o país: duas funcionárias de uma clínica especializada arrastaram um menino autista de 8 anos, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), em Brasília. Primeiramente, o garoto saiu sozinho da clínica e atravessou a rua. Em seguida, as funcionárias correram atrás dele. No entanto, ao alcançá-lo, em vez de acolhê-lo, o puxaram com força pelos braços e pernas. Uma delas o arrastou pelas pernas enquanto ele se debatia no chão. Como resultado, as imagens geraram forte repercussão nas redes sociais e levantaram questionamentos sobre os protocolos adotados na instituição.
Pai reage, aciona a polícia e responsáveis acabam presas
Logo após presenciar a cena, o pai da criança acionou a Polícia Militar. Os policiais chegaram rapidamente e prenderam as duas funcionárias envolvidas uma psicóloga e uma fisioterapeuta. Conforme o boletim de ocorrência, o caso foi registrado como maus-tratos. Até o momento, a clínica não se pronunciou oficialmente, o que aumenta ainda mais a insatisfação da sociedade diante do silêncio institucional.
Mãe denuncia desrespeito e relata choque emocional
Posteriormente, a mãe da criança, Heloísa Cervo, revelou que só soube do ocorrido por uma amiga. Segundo ela, a cena foi devastadora. “Eu perdi a fala. Gelei. Ele parecia um saco de lixo sendo puxado”, relatou. Ela afirmou ainda que o filho faz tratamento na clínica há mais de dois anos e que nunca imaginou tamanha violência. Por fim, ela lamentou a ausência de empatia por parte das profissionais.
Especialistas alertam para falhas no atendimento a autistas
Diante do caso, especialistas reforçaram que o acolhimento de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) deve seguir padrões que respeitem seus limites e particularidades. De acordo com o Ministério da Saúde, contenções físicas só devem ocorrer em último caso e sob rigor técnico. Nesse sentido, as imagens indicam falhas graves na capacitação da equipe, o que pode gerar traumas duradouros e comprometer a confiança da família no tratamento.
Perguntas frequentes
A responsabilidade recai sobre a Vigilância Sanitária e conselhos regionais.
A falta de preparo e supervisão contínua favorece práticas ultraadas.
Denunciar, buscar orientação jurídica e mudar de instituição são medidas imediatas.