Neste domingo (10), moradores de Sinop encontraram o corpo de Santrosa, suplente de vereadora pelo PSDB e ativista, em uma área de mata do município, a 500 km de Cuiabá. As autoridades constataram que o corpo estava decapitado, com as mãos e pés amarrados e apresentava diversos ferimentos. A Polícia Civil iniciou as investigações, mas os peritos ainda não identificaram perfurações de arma de fogo, o que sugere que o crime pode ter ocorrido sem o uso desse tipo de armamento.
Deputado relaciona morte de Santrosa à atuação de facção criminosa
Carlos Avallone, deputado estadual e presidente do PSDB em Mato Grosso, lamentou profundamente o assassinato e afirmou que há uma possível ligação entre a morte de Santrosa e facções criminosas. Segundo ele, Santrosa liderava o projeto “Pancadão Funk”, que promovia atividades culturais nas comunidades locais e combatia a influência de grupos criminosos na região. Além disso, Avallone destacou que o projeto envolvia diretamente a juventude em ações culturais, o que possivelmente gerou atritos com facções presentes na área.
Autoridades se mobilizam para investigar o caso
Para assegurar uma apuração rigorosa, Avallone explicou que mantém um diálogo constante com o presidente nacional do PSDB, além de conversar regularmente com as autoridades locais. Além disso, o deputado anunciou que entrará em contato com o secretário de Segurança Pública, César Roveri, para garantir que as investigações avancem de forma eficaz e que possíveis conexões com o crime organizado sejam devidamente exploradas.
Morte de Santrosa impacta comunidade local e LGBTQIA+
Santrosa desapareceu na manhã de sábado (09), após sair de casa por volta das 11h e não retornar para um show programado para aquela noite. A comunidade local e a comunidade LGBTQIA+ reagiram com grande comoção à morte da ativista, reconhecida por seu trabalho social e por ser uma das poucas figuras trans em atuação política na região.
Dessa forma, o crime destaca os complexos desafios de segurança que ativistas enfrentam em regiões marcadas pela atuação de facções criminosas. Enquanto as investigações continuam em andamento, a Polícia Civil permanece em busca de respostas para compreender tanto as motivações quanto a identidade dos responsáveis, com a expectativa de trazer esclarecimentos e justiça para a comunidade e para os familiares de Santrosa.