O prefeito eleito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), trouxe à público nesta quinta-feira (07) uma denúncia grave, afirmando que uma facção criminosa teria financiado a compra de votos para a eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal. Além disso, Brunini destacou que está reunindo provas e planeja apresentá-las ao Ministério Público Estadual (MPE) e à Polícia Civil.
Dinheiro de facção financiaria eleição da Mesa Diretora, relata Abílio Brunini
— perrenguematogrosso (@perrenguemt) November 7, 2024
Via: midianews pic.twitter.com/CV12nylNwX
Facção oferece R$ 200 mil em troca de votos
Brunini relatou que vereadores, sob a condição de sigilo, revelaram ter recebido propostas de até R$ 200 mil para votarem em uma chapa específica, orientada pela facção. Segundo o prefeito, essa movimentação visa colocar um vereador aliado ao grupo criminoso na presidência da Câmara. “Recebemos informações de que alguém tomou dinheiro emprestado de um líder do Comando para cooptar vereadores e garantir votos em favor de uma chapa. Estamos apurando essas denúncias, e, assim que todas as provas estiverem consolidadas, levaremos os nomes ao Ministério Público e ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado)”, afirmou Brunini.
Domínio criminoso sobre o Executivo
Brunini alertou que, caso a Câmara Municipal não adote uma postura firme e independente, o Poder Executivo poderá, eventualmente, tornar-se “refém” de interesses alheios à sociedade. Assim, ele ressaltou que a independência das decisões municipais depende de uma Câmara livre de qualquer influência criminosa. “Não podemos mais tolerar que a Câmara de Cuiabá esteja envolvida em escândalos policiais. Precisamos de uma mudança urgente e concreta para assegurar que os projetos enviados pelo Executivo sejam analisados de forma justa e independente”, destacou o prefeito.
Vereador concede moção de aplauso a membro de facção
Além disso, Abílio Brunini criticou o ato de um vereador, cujo nome preferiu não divulgar, que concedeu uma moção de aplauso a um integrante da facção criminosa, fato que gerou grande polêmica no plenário. Embora Brunini não tenha nomeado diretamente o vereador, a descrição indica que o parlamentar é Jeferson Siqueira (PSD), que já manifestou interesse em disputar a presidência da Câmara. “Reconhecer um líder de facção como representante da comunidade é um desrespeito. O vereador responsável por essa moção não merece, de forma alguma, liderar a Câmara”, afirmou Brunini enfaticamente.
Encaminhamento da denúncia
Por fim, Brunini enfatizou que, com todas as provas reunidas, acionará o Ministério Público e o Gaeco para que as devidas investigações sejam conduzidas. Ele garantiu que acompanhará de perto o andamento do caso, a fim de evitar que interesses criminosos comprometam o bem-estar da população de Cuiabá.
Via: midianews