O técnico da Seleção Brasileira, Dorival Júnior, criticou a declaração de Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (20/3). O comandante da Seleção repudiou a fala com teor racista e destacou a necessidade de punições mais severas para casos de discriminação. A polêmica surgiu após Domínguez afirmar que uma Libertadores sem clubes brasileiros seria como “Tarzan sem Chita”.
FALAS RACISTAS 😡 Em coletiva, Dorival Júnior condenou a declaração do presidente da Conmebol que comparava brasileiros à macaca 'Chita'.#BandSports #Seleção #Dorival #Conmebol #Racismo pic.twitter.com/JeeHZuFSCd
— BandSports (@bandsports) March 19, 2025
Dorival Júnior cobra postura firme contra o racismo
Dorival Júnior classificou a declaração do presidente da Conmebol como infeliz e reforçou a necessidade de uma resposta contundente das autoridades do futebol.
“Foi uma declaração infeliz do presidente, ele próprio se reportou no dia de hoje. O que eu gostaria de ver é as confederações e a Conmebol unidas para que nós possamos punir de uma maneira direta a todos aqueles que infrinjam as leis e que ousem atacar os seus semelhantes”, afirmou o treinador.
Dorival ressaltou ainda que o combate ao racismo deve envolver toda a sociedade e que é fundamental pressionar as autoridades por medidas mais eficazes.
“Eu acho que isso daí é uma decisão de toda a nossa sociedade de modo geral e nós precisamos estar muito mais juntos e próximos, cobrando das autoridades a todo momento uma tomada de posição definitiva”, acrescentou.
Além disso, o treinador reafirmou a posição da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e enfatizou que qualquer ato de racismo deve ser punido com o máximo rigor.
“Nós, da CBF, sempre fizemos atividades internas visando conhecimento de tudo o que é provocado por situações como essa (…) qualquer tipo de situação que envolva seres humanos desrespeitados tem que ser punido com o rigor da lei. É tudo o que nós queremos que aconteça”, concluiu Dorival.
Entenda o caso
A polêmica envolvendo Alejandro Domínguez acontece em um momento delicado, marcado por um grave episódio de racismo na Libertadores Sub-20. No jogo entre Palmeiras e Cerro Porteño, torcedores do time paraguaio foram flagrados imitando gestos de macaco e, além disso, cuspindo na direção dos jogadores Luighi e Figueiredo. Como resultado, a repercussão do caso cresceu rapidamente e levou a CBF, assim como diversos clubes rivais do Palmeiras, a exigirem punições mais severas. Diante desse cenário, o debate sobre o racismo no futebol ganhou ainda mais força, pressionando a Conmebol a tomar medidas concretas contra atos discriminatórios dentro e fora dos gramados.
Vini Jr., atacante do Real Madrid e um dos maiores nomes na luta contra o racismo no futebol, manifestou apoio ao jovem jogador palmeirense. Já Leila Pereira, presidente do Palmeiras, cobrou da Conmebol a exclusão do Cerro Porteño de todas as competições organizadas pela entidade.
Apesar da pressão, a Conmebol aplicou apenas uma multa ao clube paraguaio, o que foi considerado insuficiente por Leila Pereira e pela CBF. Em resposta à indignação gerada, Domínguez afirmou que a entidade trataria o tema com mais rigor. No entanto, no mesmo evento, o dirigente fez a polêmica comparação entre a Libertadores e o personagem Tarzan, o que gerou nova onda de críticas.
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Perguntas frequentes
O treinador da Seleção Brasileira classificou a declaração como infeliz e cobrou punições rigorosas para casos de racismo no futebol.
Torcedores do Cerro Porteño foram flagrados imitando gestos de macaco e cuspindo nos jogadores Luighi e Figueiredo, do Palmeiras.
A entidade aplicou uma multa ao clube paraguaio, o que foi considerado insuficiente por dirigentes brasileiros.