O governo dos Estados Unidos sinalizou a possibilidade de adiar a aplicação de tarifas sobre produtos brasileiros, segundo revelou o secretário de Comércio norte-americano, Howard Lutnick, em reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin. O encontro, realizado por videoconferência nesta quinta-feira (6), discutiu alternativas para evitar o aumento das taxas, que poderiam impactar o comércio bilateral entre os dois países.

Brasil não é prioridade negativa para os EUA
Lutnick afirmou que o Brasil “não é dos países mais problemáticos” para os EUA em termos comerciais, destacando o superávit americano nas trocas bilaterais. No entanto, os EUA cobraram a revisão da taxa brasileira sobre o etanol importado, sugerindo que um gesto do Brasil poderia facilitar as negociações.
Grupo técnico e prazo apertado
A reunião resultou na criação de um grupo técnico para buscar soluções antes de 12 de março, data prevista para as taxações. O clima foi positivo, com ambos os lados dispostos a reduzir barreiras e fortalecer o comércio. A decisão final sobre o adiamento das tarifas, no entanto, dependerá do avanço nas negociações técnicas.
Próximos os nas negociações
Para dar continuidade ao diálogo, o chanceler Mauro Vieira se reunirá nesta sexta-feira (7) com Jamieson Greer, chefe do Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR). A expectativa é que as conversas avancem para evitar que os produtos brasileiros sejam afetados pelo novo pacote tarifário norte-americano.
Perguntas e respostas rápidas
- Por que os EUA consideram adiar as tarifas?
O governo norte-americano avalia que o Brasil não é um dos países mais problemáticos em termos comerciais e busca alternativas para evitar o aumento das taxas. - Qual é o prazo para uma decisão?
As tratativas devem avançar até o dia 12 de março, quando as tarifas estão previstas para entrar em vigor. - O que o Brasil precisa fazer para facilitar as negociações?
Os EUA cobram uma revisão da taxa brasileira sobre o etanol importado, sugerindo que um gesto do governo brasileiro poderia ajudar nas negociações.