O Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), deflagrou nesta sexta-feira (18) uma operação que desmantelou uma organização criminosa envolvida em um plano de invasão de terra pública nas proximidades da AMBEV e do Haras Twin Brother, em Cuiabá.
O Gaeco identificou que a facção Comando Vermelho autorizava e coordenava a ocupação irregular com o apoio direto de servidores públicos. Os criminosos planejaram a divisão da área em ruas e lotes, reando essas informações por aplicativos de mensagens, junto com datas, locais e valores cobrados dos futuros invasores.
Gaeco cumpre 11 ordens judiciais com apoio de 200 policiais
O grupo de investigação atuou com base em denúncias anônimas enviadas à Ouvidoria do Ministério Público. A juíza Edna Ederli Coutinho, do Núcleo de Inquéritos Policiais (NIPO), autorizou 11 medidas judiciais, que o Gaeco executou com o apoio de 200 policiais militares.
A equipe reuniu indícios da prática de diversos crimes, como formação de organização criminosa (Lei nº 12.850/2013), esbulho possessório (art. 161, II, do Código Penal), além de corrupção ativa e iva (art. 317 do Código Penal). Durante a operação, os agentes localizaram líderes do grupo, que assumiam o controle de áreas específicas do terreno invadido.
Facção cobrava por lotes e estruturava rede criminosa
O grupo criminoso montou um esquema de arrecadação financeira, cobrando valores pelos lotes da terra invadida. Cada integrante istrava um canal de comunicação próprio, onde orientava os ocupantes e mantinha o controle logístico da operação criminosa.
As investigações apontam que o grupo atuava com disciplina interna, hierarquia clara e papéis definidos, o que evidencia o nível avançado de organização. Os criminosos, inclusive, utilizavam linguagem codificada e estratégias de mobilização para driblar fiscalizações.
Perguntas frequentes
Uma facção criminosa, com apoio de servidores públicos, liderou o esquema.
O Gaeco identificou líderes, canais de comunicação e cobrança por lotes ilegais.
Formação de organização criminosa, esbulho possessório e corrupção ativa e iva.
