O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, anunciou que o governo federal colocou em prática um protocolo de “alerta máximo” para conter o aumento de importações que podem afetar negativamente a indústria nacional. A medida busca proteger o setor produtivo diante da intensificação de exportações de países com excedente industrial.

Medida tenta blindar indústria de ‘invasão’ de produtos
Segundo Alckmin, a atenção do governo se voltou especialmente para os efeitos da desaceleração econômica da China. Com uma produção industrial em alta e consumo interno em queda, empresas chinesas buscam escoar seus estoques para o exterior. Como consequência, o Brasil corre o risco de receber uma enxurrada de produtos a preços extremamente baixos, o que ameaça a competitividade de indústrias brasileiras.
Alerta mira práticas desleais e desindustrialização
O governo monitora, principalmente, setores como aço, químicos, têxteis e eletroeletrônicos, que costumam ser os primeiros a sentir os impactos da concorrência internacional desleal. O governo monitora com atenção os setores de aço, químicos, têxteis e eletroeletrônicos, pois esses segmentos sentem primeiro os efeitos da concorrência internacional desleal. Entidades industriais alertam para a entrada de produtos vendidos abaixo do custo de produção e pressionam o Executivo a reagir com firmeza.
Além disso, Alckmin destacou que o governo busca equilibrar a abertura comercial com a defesa da indústria nacional. “O Brasil quer competir, mas com regras claras”, reforçou.
Tensão global afeta comércio brasileiro
A medida ocorre em um cenário internacional tenso. Crises geopolíticas, como a guerra na Ucrânia, e a desaceleração econômica da Europa e da China aumentam o risco de países exportarem excedentes para mercados mais abertos, como o brasileiro. Com isso, o Executivo tenta evitar o risco de desindustrialização acelerada e desemprego em cadeias produtivas estratégicas.
perguntas e respostas:
Aço, produtos químicos, roupas, calçados e eletroeletrônicos estão no topo da lista.
São tarifas ou barreiras aplicadas a produtos estrangeiros vendidos por preços abaixo do justo.
Sim, em diversos momentos, inclusive contra aço chinês e calçados asiáticos.