O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve apresentar nesta terça-feira (3) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um novo pacote de medidas fiscais. O objetivo é substituir o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que enfrentou forte resistência no mercado e no Congresso Nacional.
Segundo Haddad, as novas propostas foram desenhadas para garantir uma “estabilidade duradoura” nas contas públicas e atender aos pedidos dos parlamentares por medidas estruturais, consideradas essenciais para manter um ambiente político favorável e preservar a meta fiscal de déficit zero em 2025.
Resistência à alta do IOF e busca por alternativas
A proposta de elevação do IOF, anunciada semanas atrás para reforçar a arrecadação federal, sofreu críticas por seu impacto econômico e social. Com a pressão crescente, especialmente no Legislativo, o governo viu a necessidade de construir uma alternativa mais palatável.
O novo pacote exclui, por enquanto, a ampliação de leilões de petróleo e gás sugerida pelo Ministério de Minas e Energia, embora o governo conte com parte dessa arrecadação já projetada para 2025.
Negociação política intensa
Para viabilizar o novo plano, Haddad se reuniu na noite de segunda-feira (2) com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). O encontro também contou com líderes do governo e ministros estratégicos, como Gleisi Hoffmann e Alexandre Padilha.
O respaldo político conquistado durante essas reuniões representa um o importante para a aceitação do pacote no Congresso, que exige reformas estruturais em troca do apoio para barrar a derrubada do decreto do IOF.
Expectativas para o pacote fiscal
Haddad evitou comentar essas questões, indicando que a aprovação política e a robustez técnica do pacote serão fundamentais para sua implementação. O governo busca, assim, consolidar uma base sólida para enfrentar o desafio fiscal e manter a credibilidade econômica em um cenário de instabilidade global.
Perguntas e respostas
Houve forte resistência no mercado e no Congresso Nacional.
Ainda não foi confirmado se essas áreas serão afetadas.
O governo busca atingir déficit zero nas contas públicas.
