Homem é morto por dono de carro após tentar furtar bateria em oficina; veja vídeo

Homem é morto por dono de carro após tentar furtar bateria em oficina

Na última quarta-feira (14), um episódio trágico abalou o bairro Santa Marta, em Xique-Xique (BA). Ednarto Marques dos Santos, conhecido como “Nartinho”, entrou em uma oficina mecânica e, segundo testemunhas, tentou furtar a bateria de um carro. O dono do veículo, ao perceber a ação, reagiu de forma extrema. Ele gritou “ladrão tem que morrer” e, imediatamente, atirou com uma espingarda. Após o disparo, o suspeito fugiu do local e segue foragido.

Câmeras registram tentativa desesperada de sobrevivência

Logo depois do disparo, as câmeras de segurança da oficina registraram cenas impactantes. Ednarto caiu no chão, mas ainda conseguiu se levantar e caminhar ferido até a saída do estabelecimento. Em seguida, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou ao local e o levou ao Hospital Julieta Viana. Entretanto, mesmo com atendimento médico, Ednarto não resistiu aos ferimentos. O vídeo agora serve como peça central para a investigação conduzida pela Polícia Civil.

Reincidência e justiça paralela alimentam debate

Vale destacar que a vítima já possuía antecedentes por furto e arrombamento, estando em liberdade provisória. Apesar disso, especialistas reforçam que antecedentes criminais não autorizam qualquer tipo de execução por parte de civis. Além disso, o caso evidencia um cenário preocupante: o crescimento da mentalidade de “justiça com as próprias mãos”. Conforme analistas jurídicos apontam, a frase dita pelo atirador não apenas reflete um julgamento precipitado, mas também expõe a fragilidade da confiança social no sistema de justiça.

Perguntas frequentes

Até que ponto a violência pode ser justificada como autodefesa?

A lei permite reação proporcional, mas não execução.

O histórico criminal da vítima influencia a opinião pública sobre sua morte?

Sim, e esse julgamento social pode distorcer a percepção da legalidade.

A omissão do Estado estimula a execução sumária de suspeitos?

Sim. Quando o Estado falha, cresce o espaço para a justiça paralela.

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