Câmeras de segurança flagraram uma cena inusitada em uma loja no bairro Palmeiras, em Belo Horizonte. Uma mulher de 60 anos, que aparentava estar apenas observando os produtos, rapidamente escondeu um item sob o vestido. Em seguida, ela saiu do local sem pagar. A responsável pela loja, após revisar as imagens, registrou um boletim de ocorrência, dando início às investigações.
Investigação avança, mas sem prisões
Embora a Polícia Civil tenha iniciado o inquérito, até o momento a suspeita não foi identificada. Os investigadores analisam as imagens e, além disso, buscam depoimentos de testemunhas que possam fornecer pistas. De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública de Minas Gerais, furtos cometidos por pessoas com mais de 60 anos representam menos de 2% dos registros criminais no estado. Por essa razão, o caso chama ainda mais atenção das autoridades.
Por que idosos cometem furtos?
Diversos fatores podem explicar esse comportamento. Entre eles, estão dificuldades financeiras, abandono social e transtornos psiquiátricos como a cleptomania. Conforme apontado pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), a cleptomania afeta entre 0,3% e 0,6% da população e, muitas vezes, não é diagnosticada. Diferentemente dos furtos comuns, esse transtorno leva a impulsos incontroláveis, o que dificulta a prevenção sem o devido acompanhamento médico.
Dessa maneira, o caso levanta questões importantes sobre o envelhecimento no Brasil. Não apenas a assistência social, mas também o o à saúde mental se mostram essenciais para reduzir episódios semelhantes. À medida que a investigação continua, cresce o debate sobre a necessidade de políticas públicas específicas para a terceira idade.
Perguntas frequentes
A loja optou por não divulgar o item furtado.
A polícia investe em tecnologia de reconhecimento e coleta relatos de testemunhas.
Sim, pessoas com cleptomania podem repetir furtos sem motivação econômica.
