Nilza Maria de Jesus Pereira, de 66 anos, teve sua vida interrompida de forma trágica enquanto atravessava uma faixa de pedestres na madrugada da última sexta-feira (30), em Miguelópolis (SP). Um carro prata, conforme registrado pelas câmeras de segurança, atingiu Nilza violentamente. Em seguida, de maneira ainda mais chocante, o motorista ou por cima de suas pernas e fugiu do local sem prestar qualquer socorro.
Câmeras expõem a violência e a fuga
As imagens captadas pelas câmeras de segurança revelam o exato momento da colisão. Após o impacto inicial, o motorista não apenas não parou, como também deu marcha à ré, agravando a situação da vítima. Logo depois, fugiu em alta velocidade, deixando Nilza caída no asfalto. Vale ressaltar que a omissão de socorro, além de ser um dever moral, configura crime previsto no Código de Trânsito Brasileiro. Em resposta rápida, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou ao local e socorreu a vítima, que, infelizmente, mesmo após relatar o ocorrido aos médicos, não resistiu aos ferimentos.
Polícia identifica suspeito, mas prisão é adiada
Apesar da rapidez nas investigações, a Polícia Civil, que prontamente identificou o condutor do veículo, não conseguiu encontrá-lo em sua residência. Diante disso, foi o advogado do suspeito quem compareceu à delegacia e, consequentemente, assumiu o compromisso de apresentá-lo às autoridades. Importante destacar que o caso foi registrado como homicídio culposo na direção de veículo automotor e omissão de socorro. Contudo, segundo a legislação atual, esses crimes permitem penas relativamente brandas, o que levanta questionamentos sobre a efetividade das punições no Brasil.
Estatísticas mostram a urgência por mudanças
Atualmente, o Brasil enfrenta um cenário alarmante no trânsito. Segundo dados do Ministério da Saúde, o país registra aproximadamente 30 mil mortes por ano em acidentes. Mais impressionante ainda, cerca de 20% dos atropelamentos fatais acontecem justamente em faixas de pedestres locais que, em tese, deveriam ser sinônimo de segurança. Em cidades menores como Miguelópolis, essa realidade é ainda mais preocupante, já que a fiscalização tende a ser menos rigorosa. Por isso, cresce o debate sobre a necessidade urgente de políticas públicas mais eficazes, tanto para punir quanto para prevenir.
Perguntas frequentes
Medo da prisão e tentativa de escapar de punições geralmente motivam a fuga.
Endurecer as penas e restringir benefícios legais são alternativas discutidas por especialistas.
Fiscalização constante, sinalização eficiente e educação no trânsito são medidas que garantem maior proteção.