A morte do turista gaúcho Jorge Alex Duarte, de 54 anos, no último domingo (16), no Cristo Redentor, levantou uma série de questionamentos sobre a estrutura de atendimento a emergências no local. Câmeras de segurança registraram os momentos de desespero em que familiares, funcionários e um padre tentaram reanimá-lo após ele ar mal em uma das escadarias do monumento. Diante da repercussão do caso, o Procon-RJ decidiu interditar a venda de ingressos do Trem do Corcovado e do sistema de vans que transportam turistas até o ponto turístico.
Familiares e funcionários tentaram reanimá-lo
Assim que percebeu a gravidade da situação, a nora de Jorge, que é enfermeira, iniciou as manobras de reanimação. Logo depois, um funcionário de uma loja do parque e o padre João Damasceno, da capela do Cristo Redentor, se juntaram aos esforços para tentar salvar o turista. Apesar das tentativas, a situação se agravou rapidamente.
O Trem do Corcovado declarou que, antes mesmo da chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), equipes de socorro levaram um desfibrilador ao local. No entanto, mesmo com o equipamento, os socorristas não conseguiram reverter o quadro.
Família denuncia falta de atendimento adequado
De acordo com os advogados da família, a ausência de um atendimento médico eficiente contribuiu diretamente para a fatalidade. Além disso, eles alegam que o Cristo Redentor não conta com uma estrutura de transporte rápido para hospitais, o que dificultou ainda mais a situação.
Os representantes da família também questionam o preparo dos funcionários para lidar com emergências desse tipo. Por isso, os familiares pretendem entrar com uma ação judicial para buscar reparação por danos morais e materiais. Enquanto isso, o corpo de Jorge Alex Duarte ainda não foi sepultado.
Procon-RJ interdita transporte ao Cristo Redentor
Após a repercussão do caso, o Procon-RJ realizou uma vistoria no Trem do Corcovado na segunda-feira (17) e, como medida preventiva, suspendeu a venda de bilhetes. Além disso, a paralisação afetou tanto o trem quanto o sistema de vans, interrompendo temporariamente o o ao monumento.
Agora, as autoridades buscam avaliar as condições de segurança e atendimento médico oferecidas aos visitantes antes de permitir a retomada do funcionamento. Enquanto isso, o caso reacende o debate sobre a necessidade de protocolos emergenciais mais eficazes em pontos turísticos de grande circulação.
A expectativa é que novas fiscalizações ocorram nos próximos dias, pois os órgãos responsáveis pretendem garantir que situações semelhantes não voltem a acontecer.
Perguntas frequentes
A nora da vítima, um funcionário do parque e o padre João Damasceno se uniram na tentativa de reanimá-lo.
Os advogados alegam que não havia transporte emergencial para hospitais, além de apontarem a falta de preparo dos funcionários para lidar com situações de emergência.
O órgão realizou uma vistoria e determinou a suspensão da venda de bilhetes do Trem do Corcovado e do sistema de vans até que as condições de segurança sejam avaliadas.