Mais de mil ex-militares e reservistas israelenses am uma carta aberta classificando a guerra em Gaza como “imoral” e pedindo o fim imediato das operações militares na região. A declaração pública representa um movimento sem precedentes dentro de setores das Forças de Defesa de Israel (IDF) e escancara a crescente divisão interna sobre os rumos do conflito com o Hamas.

Militares criticam liderança e denunciam abusos
Na carta, os signatários acusam o governo israelense de conduzir uma ofensiva que compromete os princípios éticos e democráticos do país. O grupo afirma que as ações em Gaza não protegem a população israelense, mas sim aprofundam o ciclo de violência e sofrimento, tanto para palestinos quanto para israelenses.
Os militares denunciam ainda o uso excessivo da força, a destruição de áreas civis e o impacto humanitário devastador. Para eles, a solução não a pelo poder bélico, mas por negociações políticas e diplomáticas.
Reações dentro e fora de Israel
O documento gerou reações imediatas. Dentro de Israel, setores conservadores e o próprio governo classificaram a carta como uma traição à segurança nacional. Por outro lado, movimentos pacifistas, organizações de direitos humanos e parte da comunidade internacional elogiaram a coragem dos signatários.
Especialistas observam que o posicionamento desses militares reforça o desgaste da guerra e pode pressionar o governo de Benjamin Netanyahu, que já enfrenta críticas internas e externas por sua condução do conflito.
Carta se junta a apelos globais por cessar-fogo
A carta dos militares se soma a uma série de apelos de líderes mundiais, ONGs e organismos multilaterais que pedem o fim imediato das hostilidades. O secretário-geral da ONU, António Guterres, já alertou para o risco de catástrofe humanitária, e manifestações em várias capitais do mundo exigem cessar-fogo e abertura de corredores humanitários em Gaza.
Perguntas e respostas
Mais de mil ex-militares e reservistas das Forças de Defesa de Israel (IDF), de diferentes patentes e funções.
O documento condena a guerra como imoral, critica o uso excessivo da força e defende o fim das ações militares em Gaza.
O governo repudiou a carta, alegando que ela enfraquece a segurança nacional. No entanto, o texto recebeu apoio de organizações internacionais de direitos humanos.