Motoristas que trafegaram pela MT-251, entre Cuiabá e Chapada dos Guimarães, se depararam nesta quinta-feira (6) com uma cena chocante: uma jaguatirica morta às margens da pista, nas proximidades do Rio Mutuca. Um vídeo, que circulou rapidamente nas redes sociais, mostrou o felino juvenil já sem vida. A imagem gerou forte comoção entre os moradores.
“Esses animais estão cada vez mais perto da gente, até dentro da cidade já encontramos”, afirmou uma moradora, refletindo a indignação da população diante da tragédia. A MT-251 corta áreas de preservação ambiental, incluindo o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, conhecido por sua rica biodiversidade.
Atropelamentos de fauna ameaçam a biodiversidade
Rodovias como a MT-251 expõem a fauna local a riscos constantes. O Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE) calcula que veículos atropelam cerca de 475 milhões de animais por ano no Brasil. Este número alarmante mostra que o país lidera o ranking mundial de mortes de fauna em rodovias.
Felinos como a jaguatirica (Leopardus pardalis) sofrem duplamente. Primeiro, com a destruição do habitat. Depois, com a fragmentação das áreas de mata nativa, o que obriga esses animais a cruzarem rodovias perigosas. Cada morte significa uma perda irreparável para o equilíbrio ecológico da região.
Educação e responsabilidade coletiva
O combate aos atropelamentos exige mudanças de comportamento. Motoristas devem redobrar a atenção em áreas de preservação ambiental e respeitar os limites de velocidade. Campanhas educativas, que reforcem a importância da fauna para o ecossistema, ajudam a conscientizar a sociedade.
Perguntas frequentes
Construir agens de fauna, instalar sinalizações adequadas e reduzir a velocidade em áreas críticas ajudam a proteger os animais.
Cerca de 475 milhões de animais silvestres morrem anualmente em rodovias brasileiras.
A destruição e a fragmentação do habitat forçam os animais a buscar alimento e abrigo em áreas urbanas.