O empresário John Textor, dono da SAF do Botafogo, foi absolvido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) em um julgamento realizado nesta quinta-feira. Textor enfrentava acusações de omissão de provas em um caso de manipulação de resultados no Campeonato Brasileiro, após alegar publicamente que possuía áudios que incriminariam árbitros brasileiros em pedidos de propina para influenciar jogos. No entanto, Textor não apresentou as provas ao tribunal, o que resultou na sua absolvição por maioria de votos.
STJD absolve Textor por ausência de provas
No julgamento, o promotor Paulo Emílio acusou Textor de “omissão” por alegar ter provas sem entregá-las, denunciando-o pelo artigo 220-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. Contudo, o STJD decidiu pela absolvição, com seis votos favoráveis e dois contrários. Textor também enfrentou acusações de cinco infrações ao artigo 243-F, sobre manipulação de resultados, e uma ao artigo 221, relacionada a declarações que comprometem a integridade da arbitragem.
Empresário enfrentará novas acusações
Embora o tribunal tenha absolvido Textor, ele ainda responderá por suas declarações iniciais sobre manipulação de resultados no Campeonato Brasileiro. A defesa de Textor argumentou que, sem apresentar provas concretas, o tribunal não deveria prosseguir com as acusações. No final da sessão, o relator Luiz Felipe Bulus votou pela absolvição, e cinco outros membros do tribunal concordaram, formando uma maioria favorável ao empresário e dirigente do Botafogo.
Decisão do STJD gera debates sobre ética no esporte
A absolvição de Textor pelo STJD trouxe novos questionamentos sobre a necessidade de provas claras em casos de manipulação e sobre a responsabilidade dos dirigentes ao fazerem denúncias sem evidências. Para muitos, a decisão reforça a importância da ética e da transparência nos processos desportivos, ainda mais em um momento em que o futebol brasileiro enfrenta diversas acusações de manipulação de resultados.
Com a decisão, Textor evita punições imediatas, mas ainda enfrentará outras consequências de suas declarações e terá de responder por suas críticas à arbitragem no Campeonato Brasileiro. A postura do STJD ao exigir provas concretas reforça o valor da integridade e da responsabilidade nas acusações, destacando a importância de preservar a ética no esporte brasileiro.
