Jordan Chiles, ginasta americana, entrou com um segundo recurso na Suprema Corte da Suíça para recuperar a medalha de bronze no solo das Olimpíadas de Paris. Após ter apresentado um primeiro apelo na semana anterior, a atleta agora reforça seu pedido contra a decisão do Tribunal Arbitral do Esporte (TAS/CAS), que anteriormente reverteu a medalha em favor da romena Ana Barbosu.
Entenda a disputa pela medalha de bronze
Inicialmente, Jordan Chiles conquistou o bronze no solo, subindo ao pódio ao lado de Rebeca Andrade, do Brasil, e Simone Biles, sua compatriota. Esse momento fez história, pois foi o primeiro pódio 100% negro da ginástica artística em uma Olimpíada. Entretanto, após uma revisão, o Tribunal Arbitral do Esporte anulou um acréscimo de 0.100 à nota de Chiles. O Tribunal alegou que o recurso dos Estados Unidos para revisar a nota foi apresentado quatro segundos além do prazo regulamentar de um minuto. Com isso, a americana perdeu sua posição no pódio, caindo para o quinto lugar, enquanto Ana Barbosu, da Romênia, assumiu a terceira colocação.
Novo recurso à Suprema Corte
Diante dessa decisão, Jordan Chiles e a Federação de Ginástica dos Estados Unidos decidiram recorrer novamente, desta vez à Suprema Corte da Suíça. Eles pedem que o tribunal aceite como prova as imagens de um documentário da “Netflix” sobre Simone Biles, que teriam registrado o momento exato do pedido de revisão, segundo eles, dentro do prazo. Dessa forma, Maurice M. Suh, advogado de Chiles, afirma que o CAS deveria considerar o material de áudio e vídeo. “Acreditamos que o CAS deve considerar o registro completo, que comprova que Jordan seguiu todas as regras”, argumentou Suh.
Além disso, Chiles também levanta dúvidas sobre a imparcialidade do presidente do do CAS, Hamid G Gharavi. De acordo com a ginasta, Gharavi já representou a Romênia em processos jurídicos anteriores, o que poderia indicar um conflito de interesse, uma vez que Ana Barbosu, que se beneficiou da decisão, é romena.
Próximos os na disputa
Agora, a decisão sobre o recurso está nas mãos da Suprema Corte da Suíça. Caso o tribunal aceite as novas provas apresentadas por Jordan Chiles e a USA Gymnastics, o resultado da disputa pode mudar novamente. Dessa maneira, Chiles ainda mantém a esperança de reverter o resultado e recuperar sua medalha de bronze no solo das Olimpíadas de Paris, deixando em aberto o desfecho dessa batalha jurídica no mundo da ginástica artística.