Ministro da Educação é cobrado por estudantes após cortes bilionários durante ato na UFAL

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Estudantes da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) protestaram de forma incisiva contra o ministro da educação nesta quinta-feira (20), durante a visita do ministro da Educação, Camilo Santana, ao campus. Dessa forma, a manifestação ocorreu no auditório da instituição, onde os alunos ergueram cartazes e gritaram palavras de ordem diante de autoridades e da imprensa.

O evento, transmitido ao vivo pelo canal do Ministério da Educação no YouTube, teve seu ponto de tensão quando os jovens entoaram: “Que contradição, tem dinheiro para banqueiro, mas não tem para a educação”. Então, o protesto marcou a insatisfação da comunidade acadêmica diante de cortes anunciados pelo governo federal no orçamento da pasta.

Cortes bilionários causam reação nas universidades

O motivo central do protesto envolve a redução de R$ 42,3 bilhões no orçamento do Ministério da Educação até 2030. O anúncio, feito no final de 2024, integra o pacote de contenção de despesas públicas. Segundo especialistas, os cortes comprometem diretamente programas federais como o ensino em tempo integral, bolsas de pesquisa e infraestrutura nas universidades.

Estudantes, docentes e técnicos das instituições federais apontam que o desmonte orçamentário pode agravar ainda mais a crise nas universidades públicas. Assim, a UFAL, assim como outras federais, já enfrenta dificuldades para manter serviços básicos, custear laboratórios e garantir assistência estudantil.

Ministro anuncia investimento em hospital universitário

Apesar do clima de insatisfação, o ministro Camilo Santana anunciou um investimento de R$ 14 milhões nas obras do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes, istrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). O governo pretende modernizar o espaço, ampliar atendimentos e melhorar as condições para pesquisa e ensino na área da saúde.

O anúncio contou com a presença do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo; dos deputados federais Arthur Lira (PP-AL), Isnaldo Bulhões (MDB-AL), Rafael Brito (MDB-AL) e Paulão (PT-AL); além do reitor da UFAL, Josealdo Tonholo, e do presidente da Ebserh, Arthur Chioro.

Histórico de mobilizações estudantis volta à tona

A mobilização dos alunos da UFAL retoma um histórico de resistência estudantil no Brasil. Em 2019, milhares de jovens ocuparam ruas e universidades para protestar contra cortes semelhantes feitos pelo governo da época. Em 2023, manifestações pontuais também ocorreram em resposta ao bloqueio de verbas para o ensino superior.

Dessa vez, os estudantes utilizaram o próprio ambiente institucional para dar visibilidade à pauta, chamando atenção da imprensa e da população para o impacto direto das decisões orçamentárias. A presença de figuras políticas reforçou o tom político do protesto, que evidenciou o descontentamento de parte do eleitorado jovem com a condução da política educacional.

Perguntas frequentes

  1. Por que os estudantes da UFAL protestaram durante a visita do ministro?
    Eles se manifestaram contra os cortes de R$ 42,3 bilhões no orçamento do Ministério da Educação previstos até 2030.
  2. Qual frase os manifestantes gritaram no evento?
    Eles entoaram: “Que contradição, tem dinheiro para banqueiro, mas não tem para a educação”.
  3. O que o governo anunciou durante a visita à universidade?
    O ministro Camilo Santana anunciou um investimento de R$ 14 milhões nas obras do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes.
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