Um avião da Delta Air Lines enfrentou um incêndio no motor nesta segunda-feira (21), pouco antes da decolagem no Aeroporto Internacional de Orlando, nos Estados Unidos. O episódio, que poderia ter se transformado em tragédia, terminou sem feridos graças à evacuação imediata conduzida pela tripulação. Contudo, o caso reacendeu o debate sobre riscos pouco discutidos no setor aéreo.
Antes da decolagem, fumaça e correria no pátio
Enquanto o avião ainda estava estacionado na área de rampa, ageiros notaram chamas saindo do escapamento de um dos motores. Em seguida, a equipe de bordo acionou os escorregadores de emergência e coordenou a evacuação. Imagens gravadas por Dylan Wallace mostram o pânico e a fumaça densa no entorno da aeronave. Segundo a Delta, a tripulação seguiu todos os procedimentos de segurança estabelecidos. Por sua vez, o aeroporto confirmou o incêndio e destacou que o fogo foi rapidamente contido.
Embora pareça raro, fogo em solo não é exceção
Ainda que pareça um evento isolado, esse tipo de ocorrência acontece com mais frequência do que se imagina. De acordo com a istração Federal de Aviação (FAA), mais de 100 incêndios em solo foram registrados entre 2018 e 2022 nos Estados Unidos. Em grande parte dos casos, o problema tem origem em falhas técnicas nos sistemas de ignição ou no acúmulo de resíduos nos motores. Por isso, mesmo em solo, o risco é real. Além disso, a norma internacional que exige evacuação em até 90 segundos reforça a importância da preparação constante da tripulação.
Apesar do controle, prejuízos extrapolam o financeiro
Embora a evacuação tenha sido bem-sucedida, os prejuízos vão além dos danos estruturais. Estimativas apontam que incidentes desse tipo podem gerar custos de até US$ 10 milhões. Ademais, a confiança do ageiro, fator essencial para o setor aéreo, também sofre abalos. O caso em Orlando, portanto, evidencia a necessidade de ampliar a transparência das companhias e revisar com frequência os protocolos de manutenção e segurança.
Perguntas frequentes
O calor excessivo gerado por resíduos acumulados no escapamento pode provocar incêndios mesmo com os motores ainda em solo.
Sim. Esse intervalo reduz drasticamente o risco de exposição a fumaça tóxica e ao avanço das chamas.
Obedecer à tripulação, sair com rapidez e abandonar qualquer bagagem são atitudes que salvam vidas.