O Ministério Público de Mato Grosso deu um ultimato às secretarias de saúde estaduais e municipais, além da direção do Hospital Santa Helena: em 48 horas, eles deverão apresentar soluções concretas para os atrasos nos pagamentos dos médicos de ginecologia e obstetrícia. A situação ameaça paralisar cerca de 3 mil atendimentos e 800 partos realizados mensalmente.
A mobilização do MP ocorreu depois que os médicos denunciaram atrasos frequentes nos períodos e a falta de um cronograma de regularização. Diante do ime, a Promotoria de Justiça interveio para evitar o colapso. O promotor Allan Sidney Do Ó Souza reforçou a urgência das medidas, informando a contratação emergencial de equipes temporárias para manter os atendimentos à população.
Natal de incertezas: a saúde pública à beira do caos
A crise no Hospital Santa Helena, por sua vez, se agrava ainda mais devido à proximidade de Natal. Gestantes e famílias que dependem da unidade enfrentam momentos de apreensão. “A sociedade cuiabana e a população mato-grossense não precisam de um presente de grego dessa envergadura”, afirmou o promotor.
Enquanto o prazo de 48 horas avança, a falta de planejamento financeiro do sistema público de saúde continua evidente. Além disso, os especialistas destacam que é essencial implementar medidas estruturais para evitar que situações semelhantes voltem a ocorrer no futuro.
Assim, os próximos dias serão cruciais para definir se o ime será resolvido a tempo ou se a população enfrentará uma paralisação sem precedentes nos serviços essenciais de saúde.
Os médicos podem interromper os atendimentos, o que prejudicará milhares de pessoas.
Cerca de 3 mil atendimentos e 800 peças.
Contratar equipes médicas temporárias para manter os serviços.