Uma simples visita a uma vizinha se transformou em um caso grave de polícia na madrugada deste domingo (4), em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. Um homem de 46 anos levou facadas após usar a palavra “égua” para se referir à irmã da moradora. Por isso, a expressão, dita em tom de brincadeira, provocou a fúria da mulher, que atacou o visitante com uma faca e depois fugiu do local. A polícia investiga o caso e busca localizar a agressora.
Comentário ofensivo vira motivo de agressão
O homem relatou à Polícia Militar que visitou a residência da vizinha e, durante a conversa, se referiu à irmã dela como “égua”. Segundo o boletim de ocorrência, a mulher reagiu com violência à fala, pegou uma faca e esfaqueou o visitante no tórax e no braço direito. Então, após o ataque, ela saiu correndo da casa.
Os vizinhos chamaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que socorreu a vítima e a levou ao Pronto-Socorro de Várzea Grande. Os médicos atenderam o homem rapidamente, realizaram os curativos necessários e o liberaram em seguida. Apesar do susto, ele sobreviveu sem risco de morte.
Parentes atrapalham ação da polícia e ajudam fuga
A Polícia Militar chegou ao endereço informado, mas não conseguiu prender a agressora. Quando os agentes tentaram entrar na residência, parentes da suspeita impediram a abordagem e gritaram que não deixariam “levar ela de jeito nenhum”. Diante da resistência, os policiais solicitaram reforço de outras equipes do 4º Batalhão e montaram um cerco na região.
Mesmo com a mobilização policial, a mulher conseguiu escapar. Os agentes realizaram buscas nas redondezas durante a madrugada, mas não encontraram pistas do paradeiro da suspeita. A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) assumiu as investigações e tenta identificar o esconderijo da agressora.
Linguagem usada em tom de brincadeira quase termina em tragédia
O caso acende um alerta sobre o impacto que certas palavras ou expressões podem causar, mesmo quando ditas em tom de brincadeira. Em várias regiões do país, o termo “égua” aparece como gíria comum. No entanto, algumas pessoas ainda interpretam a palavra como ofensa grave, o que pode gerar conflitos e reações desproporcionais.
Especialistas em segurança pública afirmam que situações como essa refletem um contexto social em que ofensas verbais rapidamente escalam para a violência física. Assim, a polícia continua investigando o paradeiro da autora do crime e analisa se o histórico entre vizinhos pode ter contribuído para o desfecho agressivo da noite.
Ela se irritou com o comentário em que ele chamou sua irmã de “égua”.
Parentes da agressora impediram a entrada dos policiais e ajudaram na fuga.
Não. O homem recebeu atendimento médico e se recupera bem dos ferimentos.