Um acidente fatal interrompeu de forma trágica a tarde de sábado (26) em Rondonópolis, a 212 km de Cuiabá. Edileuza de Carvalho Souza, de 47 anos, perdeu a vida depois de cair da carroceria de um veículo Ford F-4000 durante uma manobra inesperada no cruzamento de uma via movimentada. A dinâmica do acidente levanta questionamentos sobre práticas de segurança em transportes improvisados e destaca a fragilidade diante de situações repentinas no trânsito.
Uma manobra para desviar de motoqueiros terminou em tragédia
O cunhado da vítima, que dirigia o caminhão, relatou aos policiais que, ao tentar desviar de motoqueiros que circulavam de maneira desordenada pelo cruzamento, precisou realizar uma manobra brusca. Na tentativa de evitar uma colisão, o motorista acabou provocando, sem intenção, a queda de Edileuza da carroceria do veículo. Ela estava acompanhada de outra pessoa, que não sofreu ferimentos. No impacto com o solo, Edileuza sofreu ferimentos gravíssimos, impossibilitando qualquer tentativa de reanimação.
SAMU confirma óbito no local e área é isolada para perícia
Assim que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) chegou ao local do acidente, os socorristas constataram o óbito da vítima. Em seguida, a Polícia Militar isolou toda a área para garantir a preservação da cena até a chegada da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). O procedimento de perícia busca entender com precisão as circunstâncias da queda e avaliar se havia irregularidades no transporte de ageiros na carroceria do veículo.
Transporte na carroceria: prática arriscada e ainda comum
Mesmo proibido para ageiros em diversas situações no Brasil, o transporte de pessoas em carrocerias de caminhonetes e caminhões permanece uma prática comum, principalmente em regiões rurais e cidades do interior. Especialistas em segurança viária alertam que qualquer frenagem brusca, curva fechada ou manobra de emergência pode se tornar fatal para quem viaja nessas condições. A tragédia em Rondonópolis reacende o debate sobre a importância de fiscalizações mais rigorosas e campanhas educativas voltadas para o transporte seguro.
É permitido transportar pessoas na carroceria apenas em casos excepcionais. A legislação autoriza essa prática exclusivamente para o transporte de trabalhadores rurais, desde que o responsável obtenha uma autorização especial.
O principal risco é a queda em manobras bruscas, além de exposição direta a impactos em colisões.
Sim, órgãos de trânsito promovem campanhas periódicas, mas a fiscalização ainda enfrenta dificuldades em regiões mais afastadas.
