Jair Bolsonaro, ex-presidente da República, negou enfaticamente, nesta segunda-feira (25), qualquer envolvimento nos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro. Em sua declaração, ele argumentou que um golpe de Estado seria impossível nas condições apresentadas. “Ninguém dá golpe de Estado em um domingo, aqui em Brasília, com pessoas de bíblia na mão e bandeira do Brasil”, afirmou. Além disso, Bolsonaro destacou a ausência de organização entre os manifestantes e reforçou que todas as suas medidas respeitaram rigorosamente a Constituição.
“Ninguém dá golpe com a bíblia na mão”, diz Bolsonaro sobre atos de 8 de janeiro pic.twitter.com/HbeMtpT4If
— perrenguematogrosso (@perrenguemt) November 26, 2024
Por outro lado, ele utilizou a ironia para questionar a gravidade atribuída aos atos. “Como alguém faz um golpe com estilingue, bolinha de gude e batom?”, indagou. Para Bolsonaro, essas acusações demonstram, na sua visão, falta de lógica e consistência.
Declarações de Michel Temer reforçam defesa
Ademais, Bolsonaro citou uma fala do ex-presidente Michel Temer para sustentar sua defesa. Segundo ele, Temer observou que um golpe de Estado exigiria a cooperação das Forças Armadas. “O Temer disse uma obviedade, pois sem o envolvimento das Forças Armadas, um golpe simplesmente não acontece”, declarou Bolsonaro. Essa menção serviu como mais um elemento para descredibilizar as acusações contra ele.
Além disso, Bolsonaro aproveitou o momento para criticar as alegações de que teria participado de um suposto plano para ass o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele classificou tais acusações como absurdas e desconexas com a realidade.
Investigações seguem e aumentam a pressão política
Entretanto, mesmo com suas negativas, Bolsonaro enfrenta um cenário cada vez mais delicado. As investigações em curso sobre os ataques à democracia seguem apontando possíveis ligações de seu círculo político com os atos de janeiro. Portanto, a pressão sobre ele e seus aliados tende a aumentar, colocando em xeque sua defesa.
Brasil dividido e futuro incerto
Por fim, as declarações de Bolsonaro reforçam a polarização política que domina o Brasil. Enquanto seus apoiadores defendem sua postura e rechaçam as acusações, críticos exigem responsabilização pelos atos antidemocráticos. Nesse contexto, as investigações em andamento serão fundamentais para determinar não apenas o impacto das denúncias no cenário político, mas também o futuro de Bolsonaro como figura pública.