Nível do Rio Paraguai quebra novo recorde de seca e ameaça navegação em MT; veja vídeo

Rio Paraguai em Cáceres Registra Nível Historicamente Baixo

No último sábado (21), o Rio Paraguai, que corta a cidade de Cáceres, a 250 km de Cuiabá, atingiu um alarmante nível de apenas 35 centímetros de profundidade. Esse registro marca o ponto mais baixo nos últimos dois anos, segundo o Centro de Hidrografia e Navegação do Oeste, da Marinha do Brasil. O nível esperado para esta época do ano era de 1,54 metro, o que significa que o rio está 1,19 metro abaixo do ideal.

Impactos visuais e ambientais

A situação atual preocupa a população local. Em comparação com 2021, quando o rio atingiu 26 centímetros, a paisagem sofreu transformações drásticas. Atualmente, bancos de areia e pedras surgem em diversas partes do leito, alterando radicalmente o ecossistema. Além disso, as casas construídas sobre palafitas, que deveriam proteger contra enchentes, ficam agora cercadas por areia, evidenciando a gravidade da seca que assola a região.

Consequências para a navegação e economia

A baixa do nível do rio traz consequências diretas para a navegação, uma atividade crucial para a economia de Cáceres. Profissionais do setor fluvial alertam sobre o risco de encalhes, especialmente para embarcações de grande porte que necessitam de volumes maiores de água para operar. Ademais, a formação de bancos de areia dificulta a agem, prejudicando tanto o transporte de cargas quanto o turismo fluvial, um setor significativo para a cidade.

Causas e desafios

Além disso, especialistas conectam essa baixa histórica a fatores como mudanças climáticas e degradação ambiental. Essas questões impactam diretamente os ciclos de chuvas e o volume dos rios na Bacia do Pantanal. O uso descontrolado da água e a ausência de chuvas regulares, por sua vez, intensificam a crise hídrica.

Medidas para mitigação

Diante dessa situação, autoridades locais e organizações ambientais buscam implementar soluções eficazes. Medidas como reflorestamento de áreas degradadas, controle do uso da água na agricultura e recuperação de nascentes tornam-se essenciais para restaurar a navegabilidade do rio e preservar seu ecossistema.

Embora o Rio Paraguai e por variações sazonais, a combinação de mudanças climáticas e a falta de ações preventivas aumentam os riscos de degradação. Portanto, proteger a navegação, assegurar o abastecimento de água para comunidades ribeirinhas e preservar a biodiversidade exige um esforço conjunto entre governo, ONGs e a população local. Assim, a conscientização e a ação proativa tornam-se fundamentais para reverter este cenário e garantir um futuro sustentável para a região.

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