Recentemente, centenas de peixes foram encontrados mortos nas proximidades da Usina Hidrelétrica de Sinop, em Mato Grosso. O evento, registrado no último fim de semana, reacendeu debates sobre os impactos ambientais das usinas hidrelétricas na biodiversidade local e gerou inquietação entre moradores e especialistas.
Cenas Alarmantes
Vídeos compartilhados por moradores mostram, de forma alarmante, a triste cena de centenas de peixes mortos, incluindo espécies como corvina, cachara, pacu e piranha, além de muitos alevinos. Embora a situação seja bastante grave, as autoridades ainda não estimaram a quantidade exata de peixes mortos. Por outro lado, as causas da mortandade permanecem desconhecidas. No entanto, é importante ressaltar que eventos semelhantes já ocorreram anteriormente, levantando questionamentos sobre a viabilidade ambiental da usina.
Falta de Respostas
A Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA) ainda não se pronunciou oficialmente sobre o incidente, o que, consequentemente, tem aumentado a angústia da população local. Por sua vez, a Sinop Energia, responsável pela usina, afirmou que “não há evidências” que vinculem a operação da usina à morte dos peixes. Entretanto, tanto especialistas quanto moradores permanecem céticos, especialmente devido a ocorrências adas. Em particular, em agosto de 2020, quando uma situação semelhante foi atribuída à redução do nível da água no reservatório durante a seca.
Necessidade de Ação
A recente mortandade de peixes destaca a urgência de uma avaliação mais aprofundada sobre os impactos das hidrelétricas no ecossistema local. A repetição desses episódios evidencia a fragilidade do meio ambiente e questiona a eficácia das medidas de mitigação adotadas. Além disso, a população local tem se manifestado insatisfeita, como demonstrado por protestos em setembro de 2020, que criticaram a gestão ambiental da usina.
À medida que as causas do recente incidente continuam sem esclarecimento, a comunidade de Sinop e defensores do meio ambiente permanecem preocupados. Há uma expectativa crescente de que as autoridades adotem medidas efetivas para prevenir futuros incidentes e garantir a proteção dos recursos naturais da região.