Um grupo de pescadores capturou recentemente um trairão (Hoplias lacerdae) de proporções impressionantes em um rio no norte de Mato Grosso. O peixe, que ultraou 1 metro de comprimento e pesou cerca de 20 kg, representa um dos maiores exemplares da espécie já registrados na região. O feito agitou a comunidade de pesca esportiva e chamou atenção para a biodiversidade do estado.
O grupo realizava uma pescaria esportiva quando o animal fisgou a isca em águas rasas cercadas por vegetação e troncos submersos — o ambiente ideal para a emboscada típica dessa espécie.
Espécie domina os rios amazônicos como predador topo de cadeia
O trairão reina entre os predadores da bacia amazônica. Com comportamento voraz e carnívoro, ele embosca outros peixes com ataques rápidos e potentes. A espécie, comum em rios e igarapés com vegetação densa, utiliza sua força muscular e dentição afiada para dominar o ambiente.
Pesquisadores apontam que esse peixe pode viver por mais de duas décadas em condições favoráveis, crescendo continuamente. A sua coloração escura e o corpo robusto facilitam a camuflagem entre galhos e raízes submersas, o que o torna ainda mais eficiente como caçador.
Pesca esportiva valoriza biodiversidade e movimenta economia
A captura do trairão gigante não apenas surpreendeu, mas também valorizou o potencial turístico dos rios mato-grossenses. Regiões como Alta Floresta, Juara e Juína já atraem turistas brasileiros e estrangeiros, principalmente pela pesca de espécies como pintado, dourado e agora, o cobiçado trairão.
Segundo dados da Associação Brasileira de Pesca Esportiva (ABPE), a pesca com devolução impulsiona o turismo sustentável. Os praticantes investem em hospedagem, aluguel de barcos, contratação de guias e compra de equipamentos. O biólogo Daniel Fernandes afirma: “Esse tipo de pesca cria oportunidades econômicas e estimula a conservação da fauna aquática”.
Perguntas frequentes
O trairão pode chegar a 1,2 metro de comprimento e pesar mais de 25 quilos, segundo registros na bacia amazônica.
Apesar de agressivo com outros peixes, o trairão não representa perigo direto para humanos, mas deve ser manuseado com cuidado por causa de seus dentes afiados.
Sim. A prática do “pesque e solte” é comum na pesca esportiva e ajuda a conservar a espécie nos rios.