A posse de Ivan Júnior como deputado federal pelo União Brasil no Maranhão está gerando debate. Ele assume o lugar de Juscelino Filho, atual ministro das Comunicações, após a renúncia do primeiro suplente. Mas quem é esse político que viralizou nas redes ao explicar, em um quadro branco, como funciona a compra de votos?
Da aula polêmica ao congresso nacional
Em 2022, Ivan Júnior usou seu Instagram para uma demonstração incomum. Com um quadro branco, ele detalhou métodos usados para comprar votos, alegando que queria alertar sobre a prática. O vídeo, que pretendia promover o “voto consciente”, acabou chamando atenção pelo tom didático ao explicar um crime eleitoral. Agora, o mesmo político assume uma cadeira na Câmara dos Deputados com apenas 6.647 votos obtidos nas últimas eleições.
Financiamento e desempenho eleitoral
Nas eleições municipais de São Luís em 2022, Ivan Júnior recebeu R$ 195 mil do União Brasil para disputar uma vaga de vereador. Ele obteve 1.967 votos, não sendo eleito, mas garantindo sua posição como suplente de deputado federal. O caso reacende o debate sobre como o sistema político brasileiro permite que candidatos com baixa votação assumam cargos importantes através de suplências.
O jogo das suplências no Maranhão
A cadeira de Ivan Júnior só foi possível após uma série de movimentos políticos. O titular, Juscelino Filho, assumiu o ministério. O primeiro suplente, Dr. Benjamin, elegeu-se prefeito de Açailândia. Isso abriu caminho para Ivan, que era o segundo na linha de sucessão. O caso mostra como as suplências podem mudar completamente a representação política de um estado no Congresso.
Perguntas e respostas
Compra de votos é comum no Brasil?
Apesar de ser crime, a prática ainda é registrada em várias regiões, especialmente em eleições municipais.
Quantos votos são necessários para ser eleito deputado federal?
Não há um número fixo. Depende do quociente eleitoral de cada estado, que varia conforme a votação total.
Qual o salário de um deputado federal?
Atualmente, o valor bruto é de R$ 41,6 mil, além de verbas de gabinete e benefícios.
A posse de Ivan Júnior levanta questões sobre representatividade e ética na política. Enquanto alguns veem seu caso como fruto das regras do jogo eleitoral, outros questionam se o sistema precisa de mudanças.
