A Polícia Civil deflagrou, nesta quarta-feira (26), a Operação Blood Money e executou uma ofensiva coordenada contra uma facção criminosa responsável por crimes como homicídios qualificados, torturas, assaltos armados e tráfico de drogas em Tapurah, Itanhangá e Cuiabá. Os agentes cumpriram 60 ordens judiciais, sendo 41 mandados de prisão, 19 de busca e apreensão e 11 bloqueios de contas bancárias, além do sequestro de veículos.
A operação mobilizou mais de 80 policiais civis, organizados em 20 equipes, que agiram com apoio da Delegacia Regional de Nova Mutum, do Núcleo de Inteligência e de diversas delegacias especializadas da Diretoria de Atividades Especiais.
Polícia enfraquece estrutura e comunicação da facção
Os policiais atacaram diretamente a liderança e os recursos financeiros da facção. Eles prenderam integrantes tanto em liberdade quanto na Penitenciária Central do Estado (PCE), onde apreenderam celulares usados para comandar crimes de dentro da cadeia. Com isso, a Polícia Civil interrompeu a comunicação entre presos e executores externos, desorganizando o comando da facção.
A equipe de inteligência identificou uma estrutura hierárquica sólida, com um líder central e subordinados que coordenavam o tráfico de drogas, torturas e assassinatos. A facção atuava com “tribunais do crime”, onde executava sentenças contra desafetos ou membros considerados traidores.
Polícia ataca núcleo financeiro e bloqueia movimentações via Pix
Durante as investigações, os policiais descobriram uma rede de lavagem de dinheiro. A facção movimentava recursos ilícitos por meio de contas bancárias de laranjas e usava o Pix para fracionar valores, dificultando o rastreamento.
A Polícia Civil bloqueou essas contas e sequestrou veículos ligados aos criminosos, atingindo diretamente o financiamento da estrutura criminosa. O delegado de Tapurah, Artur Almeida, afirmou: “A descapitalização da facção é fundamental. Cortamos o fluxo financeiro que sustentava as ações criminosas na região.”
Perguntas frequentes
Uma ação da Polícia Civil que prendeu membros de facção criminosa e bloqueou contas ligadas ao tráfico e à lavagem de dinheiro.
Foram 41 prisões cumpridas em Tapurah, Itanhangá, Cuiabá e na Penitenciária Central do Estado.
Os criminosos usavam contas de terceiros e faziam transferências fracionadas para esconder a origem ilegal dos valores.