A Polícia Civil de Mato Grosso prendeu dois empresários na manhã de quarta-feira (16), durante a operação “Curto-circuito”, realizada em Várzea Grande. A Delegacia Especializada de Estelionato comandou a ação, com o apoio da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), e confirmou que os suspeitos fraudavam o consumo de energia elétrica em suas empresas.
A investigação identificou que os criminosos manipulavam os medidores de energia para reduzir artificialmente o valor das faturas. As empresas envolvidas, uma distribuidora de carnes e uma loja de conveniência, operavam com ligações clandestinas, popularmente conhecidas como “gatos”.
Empresários atuavam com crimes distintos e antecedentes graves
Os policiais prenderam um homem de 32 anos por estelionato. Ele istrava uma distribuidora de bebidas e poderá cumprir até cinco anos de prisão. Já o segundo empresário, de 51 anos, controlava uma empresa de carnes e cometeu furto mediante fraude, crime que prevê até oito anos de reclusão.
Durante a checagem dos antecedentes, a polícia descobriu que o empresário de 51 anos era foragido da Justiça do Rio de Janeiro. Ele respondia por homicídio e estava em liberdade irregular há mais de duas décadas. A polícia cumpriu o mandado de prisão pendente imediatamente após identificá-lo.
Fraudes causam danos à rede elétrica e colocam a população em risco
O delegado Ruy Peral, responsável pela operação, explicou que os furtos de energia não afetam apenas a concessionária Energisa, mas também comprometem a segurança de todos. “O gato de energia sobrecarrega a rede elétrica, causa quedas de energia, curto-circuitos, risco de choques e até incêndios”, alertou.
A concessionária Energisa confirmou que as fraudes impactam diretamente os investimentos no setor elétrico e aumentam as tarifas para os consumidores. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) calcula que o Brasil perde mais de R$ 7 bilhões por ano com furtos de energia.
Perguntas frequentes
Pessoas fazem o gato quando ligam fios diretamente na rede elétrica ou alteram o medidor para evitar pagar pela energia consumida.
A pena pode chegar a 8 anos de prisão, dependendo se o crime for tipificado como furto ou estelionato.
Basta ligar para o 197 (Polícia Civil) ou ar os canais da Energisa.