A Polícia Civil e a Polícia Militar Ambiental prenderam, no último sábado (12), uma mulher de 44 anos por praticar pesca predatória na região da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Figueirópolis, em Indiavaí, a 398 km de Cuiabá. A ação integrou a Operação Tolerância Zero, que combate crimes ambientais em áreas de preservação.
As equipes chegaram ao local após receberem denúncias anônimas sobre pescadores ilegais, armados e atuando nas proximidades da área de vazão da represa. Quando os policiais se aproximaram, flagraram dez pessoas utilizando varas, molinetes e outros apetrechos de pesca. Alguns pescadores esconderam o rosto para evitar as câmeras de segurança.
Grupo foge e abandona equipamento no local
Ao receberem ordem de parada, os pescadores fugiram em direção à mata e atravessaram o rio a nado. Os policiais conseguiram deter apenas uma mulher, que estava acompanhada do marido e de outros conhecidos. A suspeita, sem antecedentes criminais, relatou ter ouvido disparos vindos da mata, mas não soube apontar os autores.
Polícia apreende material de pesca e 77,5 kg de peixe
A operação resultou na apreensão de:
- 5 exemplares de cachara (39,5 kg)
- 4 dourados (21 kg)
- 1 surubim (17 kg)
- 7 varas com molinetes
- 4 mochilas com tarrafas, facas e garrafas térmicas
As equipes recolheram o pescado e doaram os alimentos para instituições sociais de Araputanga, São José dos Quatro Marcos e Indiavaí, como a APAE, o Lar dos Idosos e a Associação Reciclando para a Vida.
Crime ambiental e consequências legais
A Polícia Militar registrou a ocorrência como crime ambiental. A legislação brasileira proíbe a pesca com métodos ilegais e a captura de espécies protegidas ou em tamanho inferior ao permitido. A prática configura crime contra a fauna e pode resultar em multa e detenção, conforme a Lei nº 9.605/1998.
As autoridades classificaram a ocorrência como um caso atípico, pela fuga em massa dos suspeitos e pela possível presença de armas de fogo, fato que está sendo investigado.
Perguntas frequentes
Sim. Áreas próximas a represas e PCHs costumam ser zonas de proteção, onde a pesca é proibida por lei.
Pode. A lei permite que a polícia doe o pescado apreendido a instituições sociais, desde que esteja em boas condições.
Sim. Essas espécies têm regras rígidas de captura por estarem vulneráveis à pesca predatória.