Neste sábado (23), forças de segurança venezuelanas cercaram a embaixada argentina em Caracas, onde seis opositores do governo da Venezuela estão sob proteção diplomática do Brasil. Conforme relatos, agentes encapuzados monitoraram o local com o auxílio de drones, enquanto, simultaneamente, bloquearam o sinal de celular na região. A ação gerou reações imediatas e tensões diplomáticas.
Policiais cercam embaixada Argentina em Caracas, sob proteção do Brasil, e aumentam tensão. pic.twitter.com/6AbFtoy8ap
— perrenguematogrosso (@perrenguemt) November 24, 2024
Refugiados denunciam envolvimento de forças especiais
De acordo com o ex-deputado Pedro Urruchurtu, um dos refugiados, o Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) e a Direção de Ação Estratégica e Tática (DAET) lideraram o cerco. Além disso, ele destacou que a presença ostensiva dos agentes reforça o ambiente de intimidação, dificultando ainda mais a situação dos asilados. A presença dos drones e o bloqueio de sinal evidenciam, segundo Urruchurtu, o caráter coordenado da operação.
Argentina condena cerco e reforça apelo por salvo-conduto
O governo argentino respondeu rapidamente ao ocorrido e classificou o cerco como uma violação grave das normas internacionais. Segundo as autoridades argentinas, a inviolabilidade das embaixadas e a proteção de refugiados políticos são garantias fundamentais asseguradas por tratados internacionais. Além disso, o governo da Argentina agradeceu ao Brasil pelo apoio prestado na proteção dos asilados e reafirmou a urgência de um salvo-conduto que permita a saída segura dos refugiados.
Consequências diplomáticas e apelo internacional
Esse incidente intensifica os desafios diplomáticos entre Venezuela e Argentina, ao mesmo tempo que coloca em evidência as tensões sobre o respeito ao direito internacional. Embora tratados garantam a inviolabilidade de embaixadas, a ação do governo venezuelano representa, de acordo com especialistas, um desrespeito às normas diplomáticas globais.
Comunidade internacional exige respeito às normas
O governo argentino também apelou à comunidade internacional para pressionar a Venezuela a cumprir os tratados internacionais e respeitar os direitos humanos. Ao mesmo tempo, o Brasil segue garantindo apoio aos refugiados enquanto tenta, junto à Argentina, viabilizar uma solução para a crise.
Este episódio destaca, portanto, a urgência de soluções humanitárias e diplomáticas para proteger os refugiados e, acima de tudo, reforça o compromisso global com o respeito às normas internacionais e aos direitos humanos.
