Na manhã desta última quinta-feira (15), agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e policiais da Força Tática apreenderam 20 antenas do sistema Starlink durante uma abordagem na BR-163, em Rondonópolis (MT), a 220 km de Cuiabá. Os policiais pararam um Hyundai HB20S, conduzido por um homem de 32 anos, por volta das 10h40.
Durante a vistoria, os agentes identificaram as antenas com inscrições em espanhol e suspeitaram da procedência. O motorista apresentou notas fiscais irregulares e não comprovou a origem lícita da mercadoria. Diante da situação, a equipe policial apreendeu o material e prendeu o condutor em flagrante.
Motorista confessa pagamento para transportar antenas
Durante o interrogatório, o condutor relatou que recebeu R$ 2 mil pelo serviço. Disse ainda que uma pessoa de Cuiabá bancou toda a viagem e a compra das antenas. Segundo ele, o contratante é um conhecido da capital.
Diante dos fatos, os policiais confirmaram o crime de descaminho. Esse delito ocorre quando alguém traz produtos estrangeiros sem pagar os impostos. A PRF encaminhou o suspeito à Polícia Federal de Rondonópolis.
Tecnologia visada por criminosos em regiões remotas
A Starlink pertence à empresa americana SpaceX, fundada por Elon Musk. Seu sistema de internet via satélite cobre áreas remotas e vem ganhando popularidade no Brasil. Regiões da Amazônia, do Centro-Oeste e do Norte utilizam as antenas para ar a internet.
Essa tecnologia, no entanto, também atrai redes ilegais. Garimpos, áreas de desmatamento e até facções criminosas já utilizam o equipamento. A razão é simples: ele funciona sem depender da infraestrutura nacional.
Perguntas frequentes
Sim. A entrada sem nota fiscal válida configura descaminho, crime previsto no Código Penal.
Para garantir internet em áreas remotas, como garimpos ilegais e zonas de desmatamento.
O motorista preso em Rondonópolis recebeu R$ 2 mil pelo transporte, além das despesas pagas.
