O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), apresentou um projeto de lei que pode mudar as regras do jogo para decisões judiciais contra parlamentares. O texto surge em meio à polêmica envolvendo o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), cujo aporte diplomático está sob análise do STF após uma notícia-crime movida pelo PT.

O que propõe o projeto?
A ideia é proteger parlamentares de decisões judiciais que, segundo o líder do PL, podem “fragilizar” o Poder Legislativo. Atualmente, nenhum dos três poderes tem a prerrogativa de revisar decisões judiciais antes de sua execução.
O contexto político por trás da proposta
A proposta ganha relevância diante do caso de Eduardo Bolsonaro, acusado pelo PT de usar viagens internacionais para desestabilizar a democracia brasileira. O partido pediu a suspensão do aporte diplomático do deputado, alegando condutas ilícitas. O STF, por meio do ministro Alexandre de Moraes, solicitou a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o caso. Enquanto isso, o PL tenta garantir que Eduardo assuma a presidência da Comissão de Relações Exteriores, o que depende da resolução desse ime.
Impactos na relação entre os poderes
Se aprovada, a proposta pode alterar significativamente a dinâmica entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Críticos argumentam que o projeto pode criar um precedente perigoso, permitindo que parlamentares escapem de medidas cautelares com o aval de seus pares. Já os defensores afirmam que a medida reforça a imunidade parlamentar, essencial para a independência do Legislativo.
Perguntas e respostas rápidas
- O que muda com a proposta do PL?
Medidas cautelares contra parlamentares só poderão ser aplicadas após aprovação da maioria absoluta da Casa Legislativa. - Por que o projeto foi apresentado agora?
A proposta surge em meio ao caso de Eduardo Bolsonaro, que pode ter o aporte suspenso por decisão judicial. - Quais são os riscos da proposta?
Críticos alertam que o projeto pode dificultar a aplicação de medidas cautelares, criando um tratamento diferenciado para parlamentares.
A proposta do PL reacende o debate sobre os limites da imunidade parlamentar e a independência dos poderes. Enquanto o projeto aguarda tramitação, o caso de Eduardo Bolsonaro continua no centro das atenções, mostrando como política e justiça estão cada vez mais entrelaçadas.