O conselheiro Sérgio Ricardo fará história no Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) ao assumir um segundo mandato consecutivo na presidência da instituição. A decisão unânime dos membros reforça a estabilidade na gestão, mas também coloca em debate o papel do tribunal em um cenário de crise fiscal e pressões políticas.
O peso da continuidade em um estado endividado
Mato Grosso, assim como outros estados, enfrenta desafios nas contas públicas, com dívidas crescentes e dependência de rees federais. A recondução de Sérgio Ricardo sugere que os conselheiros apostam na manutenção da linha de trabalho atual. Mas especialistas questionam se a postura do TCE-MT será mais flexível ou rígida diante de projetos do governo estadual.
A relação delicada entre TCE e o Executivo
Historicamente, tribunais de contas enfrentam tensões com governos, especialmente quando barram licitações ou exigem ajustes em obras. A gestão de Ricardo terá que equilibrar fiscalização técnica e diálogo político, evitando que o tribunal seja visto como obstáculo ou, pior, como aliado de grupos específicos.
Modernização versus tradição
Nos últimos anos, o TCE-MT investiu em transparência e sistemas digitais. No entanto, ainda há críticas sobre a lentidão em processos de prestação de contas. O novo mandato será um teste para saber se a instituição consegue agilizar decisões sem perder o rigor técnico.
Perguntas rápidas
- Por que a reeleição de um presidente do TCE é rara?
R: Tradicionalmente, há rodízio entre conselheiros para evitar concentração de poder. - O TCE-MT pode barrar o orçamento do estado?
R: Sim, se identificar irregularidades, mas isso pode gerar conflito com o governo. - Qual o risco de politização do tribunal?
R: Decisões vistas como parciais podem abalar a credibilidade da instituição.