O vereador Kássio Coelho (Podemos) anunciou que o relatório sobre o caso de Paulo Henrique (MDB) será finalizado até o fim desta semana. A conclusão marca uma etapa decisiva na análise do processo, que pode resultar na cassação do mandato do vereador ou no arquivamento do caso.
Comissão de Ética avança no processo
Em entrevista à imprensa, Kássio Coelho informou que o relatório está nos ajustes finais e será entregue ao presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Chico 2000 (PL). Ele explicou que, assim que o relatório for apresentado, o presidente definirá quando o tema será levado ao plenário para deliberação. “Estamos concluindo os últimos detalhes. A sociedade exige uma resposta e vamos encaminhar o documento ainda nesta semana para que o plenário decida”, destacou Coelho.
Embora a defesa de Paulo Henrique pudesse influenciar no desfecho, o vereador não se manifestou em nenhuma etapa do processo istrativo. “Tentamos todas as formas de notificá-lo. No entanto, ele não demonstrou interesse em se defender, o que nos obriga a prosseguir mesmo sem a manifestação dele”, afirmou Kássio.
Entenda as acusações contra Paulo Henrique
O Ministério Público Estadual acusou Paulo Henrique de liderar uma facção criminosa que lavava dinheiro. As investigações apontaram que o esquema utilizava casas noturnas em Cuiabá para disfarçar valores provenientes de atividades ilícitas. A Polícia Federal confirmou que o vereador, servidor de carreira na Secretaria de Ordem Pública, exercia sua influência para liberar licenças e alvarás destinados a eventos organizados pela facção criminosa.
O juiz Jean Garcia de Freitas, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, aceitou a denúncia, tornando Paulo Henrique réu no processo. Ele foi preso em setembro durante a Operação Pubblicare, mas obteve liberdade poucos dias depois.
Caminhos possíveis: cassação ou arquivamento
Após a entrega do relatório, o plenário da Câmara Municipal de Cuiabá decidirá os próximos os. A votação determinará se Paulo Henrique perderá o mandato ou se o caso será arquivado. Conforme explicou Kássio Coelho, “o plenário é soberano para decidir entre o afastamento ou a permanência do vereador”.
Repercussão no cenário político
O caso provocou grande repercussão na política local, principalmente devido à gravidade das acusações. Muitos consideram que o desfecho deste processo será um divisor de águas na luta pela ética e transparência no legislativo municipal.