Uma mulher cadeirante surpreendeu moradores de São Vicente, no litoral paulista, ao transitar em uma avenida movimentada, deixando de lado as calçadas. A cena, registrada em vídeo e amplamente compartilhada nas redes sociais, chamou atenção para um problema recorrente no Brasil. Ao ser questionada sobre sua escolha, ela respondeu de forma direta: “Andar na calçada de cadeira de rodas? Até quebrar!”.
Revoltada com calçada mulher cadeirante trafega no meio de avenida movimentada pic.twitter.com/IFLwbgqcNB
— perrenguematogrosso (@perrenguemt) December 16, 2024
Quando o homem que a acompanhava alertou sobre os perigos dessa atitude, ela respondeu com ironia: “Que morra, eu recebo DPVAT no inferno.” Essa declaração provocou uma onda de comentários indignados e reflexões sobre a infraestrutura urbana e a segurança de pessoas com deficiência.
Debate sobre ibilidade ganha força novamente
Não demorou para que o episódio gerasse debates mais amplos. Muitos internautas usaram o caso como exemplo da negligência com a ibilidade no Brasil. Além disso, especialistas em mobilidade urbana reforçaram que o problema vai muito além de um caso isolado. Um urbanista destacou: “Quando a calçada não oferece condições mínimas de uso, a pessoa com deficiência é obrigada a buscar alternativas perigosas.”
Outros comentários nas redes sociais lembraram que calçadas irregulares, estreitas e sem rampas adequadas são comuns em praticamente todas as cidades do país. Isso, consequentemente, coloca em risco não apenas cadeirantes, mas também idosos, pessoas com carrinhos de bebê e até pedestres em geral.
Mobilização por soluções práticas e urgentes
A repercussão do vídeo estimulou a cobrança por melhorias imediatas. Organizações e ativistas da área de inclusão defenderam ações concretas, como a padronização de calçadas, a fiscalização de obras e a aplicação de multas para quem descumpre as normas de ibilidade. Além disso, muitos cobraram maior comprometimento das autoridades com a execução de políticas públicas que priorizem a mobilidade universal.
Esse caso reforça que ibilidade não pode mais esperar. Afinal, sem calçadas adequadas, pessoas com mobilidade reduzida continuarão enfrentando escolhas perigosas. Por outro lado, ao investir em ibilidade, as cidades se tornam mais seguras e inclusivas para todos.
ibilidade é prioridade
Embora o desabafo da cadeirante tenha sido irônico, ele revela uma realidade séria e alarmante. Garantir que todos possam se locomover com dignidade deve ser prioridade absoluta para gestores públicos. Portanto, o caso em São Vicente não pode ser ignorado. Ele precisa servir como um alerta para transformar a ibilidade em um compromisso real, que traga impactos positivos para toda a sociedade.
Perguntas frequentes
A mulher decidiu trafegar pela avenida porque as calçadas estavam em condições precárias, com risco de acidentes graves para cadeirantes. Segundo ela, andar na calçada “até quebrar” não era uma opção segura, evidenciando o descaso com a ibilidade urbana em São Vicente.
O desabafo reflete um problema estrutural: a falta de planejamento e manutenção das calçadas. Isso força pessoas com mobilidade reduzida a adotar alternativas perigosas, como andar nas ruas. O episódio também destaca a necessidade urgente de políticas públicas que garantam calçadas seguras, rampas adequadas e fiscalização rigorosa.
A sociedade pode cobrar ações efetivas das autoridades, como a padronização de calçadas e o cumprimento das normas de ibilidade. Além disso, apoiar iniciativas comunitárias, denunciar irregularidades e exigir maior fiscalização são formas de garantir que cidades sejam mais inclusivas para todos.