Na madrugada de 25 de maio, a Rússia realizou o maior bombardeio aéreo desde o início da invasão da Ucrânia, em 2022. Utilizando 298 drones e 69 mísseis, Moscou lançou uma ofensiva coordenada contra mais de 30 cidades e vilarejos, com foco principal em Kiev. Como resultado, o ataque deixou ao menos 12 mortos incluindo três crianças e dezenas de feridos. De acordo com Yuriy Ihnat, porta-voz da Força Aérea da Ucrânia, foi o ataque “mais massivo” desde o começo do conflito, tanto em escala quanto em complexidade.
Rússia lança maior ataque aéreo contra a Ucrânia em três anos pic.twitter.com/X70RZu1JHC
— O Matogrossense (@o_matogrossense) May 25, 2025
Presidente ucraniano denuncia omissão internacional e exige reação
Diante da tragédia, o presidente Volodimir Zelenski fez duras críticas à comunidade internacional. Em uma publicação no Telegram, ele afirmou que o silêncio de aliados como os Estados Unidos apenas incentiva o presidente russo, Vladimir Putin. Nesse contexto, Zelenski defendeu a necessidade urgente de novas sanções contra Moscou. Além disso, ele reforçou que cada ataque russo deveria representar um ponto de virada na postura das nações democráticas. Assim, o líder ucraniano tenta reacender o apoio externo enquanto lida com a exaustão interna causada por mais de três anos de guerra.
Drones e mísseis expõem falhas e abrem novo capítulo da guerra
Enquanto isso, analistas apontam que o uso simultâneo de drones kamikaze e mísseis hipersônicos revela uma estratégia clara: saturar os sistemas de defesa aérea da Ucrânia. Em outras palavras, a Rússia parece apostar em ataques de volume e velocidade para dificultar a interceptação. Essa tática, portanto, representa um novo estágio da guerra, em que o terror e a pressão constante substituem a conquista territorial como principal objetivo. Além disso, ela expõe a vulnerabilidade das cidades ucranianas diante da guerra tecnológica.
Perguntas frequentes
Sim, a escala do bombardeio aponta para uma fase mais agressiva e simbólica do conflito.
Sim, mas essa margem depende de vontade política e ação imediata dos aliados.
Sim, drones e mísseis inteligentes já substituem tanques e infantaria em muitos combates.