A Mobiauto selecionou os 40 automóveis de eio e comerciais leves mais vendidos do Brasil e verificou que eles registraram uma valorização média de 7,13%, comparando os preços de quando foram adquiridos (como 0km e no primeiro semestre de 2021) com o atual valor de mercado, já em uma condição de seminovo, na média de janeiro a junho de 2022.
Essa é uma distorção que tem havido no mercado de seminovos. Com a falta de modelos básicos, pois o foco é produzir carros de maior valor agregado em razão da falta de componentes, as montadoras reajustaram bem acima da inflação os preços de seus carros mais baratos”, diz Sant Clair Castro Jr., consultor automotivo e CEO da Mobiauto. “Isso foi uma estratégia para desincentivar a compra. Os aumentos dos novos acabaram puxando a cotação dos seminovos”, explica.
Resultado: quem adquiriu um Fiat Mobi 0km, na média das várias versões, em 2021, pagou R$ 47.255. Em 2022, esse mesmo carro, já seminovo, portanto, custa R$ 57.068. Isso dá uma valorização de 20,77% para o compacto. “Mas pode ar de 28%, dependendo da versão! É curioso comprar um carro 0km, usá-lo por um ano e ver seu patrimônio aumentar em quase 30%!”, exclama o consultor.
Dos 40 carros e comerciais leves mais vendidos do país, apenas três modelos anotaram desvalorização: Chevrolet Spin, Renault Sandero e VW Gol. “Mesmo assim, os percentuais são mínimos, quando sabemos que, em condições normais, o carro 0km deprecia de 15% a 20% após um ano de uso”, acrescenta Castro Jr.
Mergulhados nessa imensa base de dados, os analistas trouxeram um levantamento interessantíssimo, que coroou, por sua vez, o equilíbrio entre os modelos de automóveis e das marcas mais valorizadas.
Dos dez que ganharam as maiores altas de preços, tivemos um compacto (Fiat Mobi), três SUVs (VW Nivus, Chevrolet Tracker e Hyundai Creta), três hatches (Fiat Argo, Chevrolet Onix e Hyundai HB20) e três picapes (Fiat Strada, Toyota Hilux e Ford Ranger).

A Mobiauto, conhecida marketplace de carros usados do país, selecionou 136 versões desses campeões de vendas para aprimorar a leitura da real situação do mercado de seminovos do país. “Nem tudo pode ser visto como ‘média’. Destaco o comportamento do Jeep Renegade Longitude. Quando é movido a diesel, ele valoriza 13,2%. Se for a opção flex, ele deprecia 7,39%”, destaca Sant Clair Castro Jr.
A pesquisa efetuada pela Mobiauto dá outro esclarecimento importante. Se há um equilíbrio sólido entre os tipos de carrocerias e as marcas posicionadas nas primeiras colocações, o ranking de versões estampa outro cenário.

O destaque é todo para a Hyundai, que encaixa 4 versões entre os dez mais valorizados do país, com Fiat, Chevrolet e Toyota ingressando no ranking com dois modelos/versões cada uma.
Via Metrópoles