Senador propõe fim da escala 6×1 e convoca trabalhadores para uma “revolução”; veja vídeo

senador Cleitinho (Republicanos-MG)

O senador Cleitinho (Republicanos-MG), aliado de Bolsonaro, propôs o fim do regime de trabalho 6×1 e defendeu, com vigor, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para eliminar essa escala. Durante um pronunciamento no Senado, Cleitinho convocou os trabalhadores a apoiarem a PEC, ressaltando as enormes diferenças entre as condições de trabalho dos políticos e dos trabalhadores comuns.

Para exemplificar essa disparidade, Cleitinho observou que, enquanto políticos trabalham 151 dias por ano, o trabalhador médio cumpre 264 dias de trabalho. Além disso, os parlamentares usufruem de 214 dias de folga, mais do que o dobro dos 101 dias de descanso da população em geral. Dessa forma, Cleitinho afirmou que a fonte real de riqueza no país está no trabalhador e no empreendedor, enquanto o custo da classe política pesa no orçamento público.

Cleitinho refuta argumentos contra o fim da escala 6×1

Por outro lado, Cleitinho discordou de seu aliado Nikolas Ferreira (PL-MG), que se recusou a apoiar a PEC. Para Cleitinho, a justificativa de que o fim da escala 6×1 prejudicaria a economia brasileira é apenas uma “desculpa”. Segundo ele, essa visão desconsidera questões mais profundas, como a corrupção, e ignora a importância do trabalhador para o desenvolvimento do país. Além disso, Cleitinho sugeriu que, se a PEC não for aprovada, os parlamentares deveriam adotar o regime 6×1 para sentir o impacto da jornada.

O debate sobre o fim da escala 6×1 se intensificou nas redes sociais após o balconista Rick Azevedo, que relatou exaustão devido à carga horária intensa em uma farmácia, lançar o movimento “Vila Além do Trabalho” (VAT). Desde então, o movimento já reúne 1,4 milhão de s, o que impulsionou a eleição de Azevedo, que se tornou o vereador mais votado do Rio de Janeiro pelo PSOL.

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) apresentou uma PEC para reduzir a carga semanal de trabalho para 36 horas, mantendo os salários e o limite diário de oito horas. A proposta, que inicialmente contou com 71 apoiadores, agora tem o respaldo de 194 deputados, ampliando o debate sobre as condições de trabalho no Brasil.




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